Perfil da Unidade

101st Airborne Division (Air Assault)
"Screaming Eagle"


Após os sucessos alemães com tropas aerotransportadas, os americanos concluíram que precisavam desse tipo de tropa e começaram a fazer experiências nesse sentido. A veterana 82ª Divisão de Infantaria foi transformada em "Aeroterrestre" (Airborne) em 15 de agosto de 1942, a mesma data da ativação de sua irmã, a 101ª.

Originalmente esas divisões teriam 1 regimento pára-quedista e 2 aerotransportados (Planadores Militares), mas a composição delas variou tremendamente ao longo da guerra, em função de anexações e transferências. Teriam ainda 3 (às vezes 4) grupos de artilharia (75 mm), 1 batalhão de engenharia de combate e 1 batalhão anti-aéreo, todos aerotransportados.

A 101ª Divisão Aerotransportada (Assalto Aéreo), baseada atualmente no Fort Campbell, Kentuncky, foi ativada em 15 de agosto de 1942, em Camp Claiborne, Louisiana. O se primeiro comandante, Major. Gen. William C. Lee, prometeu a seus recrutas que a 101ª apesar de não ter nenhuma historia, tinha um "Rendezvous como destino" e de fato essa "profecia" nunca falou. O treinamento dos recrutas foi bem difícil. Somente os homens mais resistentes podiam servir. 

A divisão necessitava de homens que poderiam sobreviver quando fossem laçados atrás da linhas inimigas e ainda terem condições de lutar e vencer a luta. Somente 1 em 3 homens passou nos critérios de seleção, e incluía uma marcha de a pé de 140 milhas em 3 dias. Em setembro de 1943 depois que a divisão tinha terminado o seu treinamento aerotransportado, moveu-se para a Inglaterra para preparar-se para a invasão da Europa.

O Dia-D

Muito pára-quedistas americanos se "prepararam" das mais variadas formas para o Dia-D. Este aqui adotaram pinturas indigênas e corte Monwalk.

Durante Segunda Guerra Mundial, a 101ª foi usada na assalto aerotransportado do Dia-D. Para a invasão da Normandia, as 82ª e 101ª foram organizadas com 3 regimentos pára-quedistas e 1 aerotransportado. Durante a Campanha da Normandia, a 101ª teve um batalhão de tanques anexado (759º). As tropas da 101ª saíram da base da RAF em North Witham, onde treinavam com a veterana 82ª Divisão Aeroterrestre dos EUA. O desembarque da 101ª Divisão Aeroterrestre dos Estados Unidos, cujo planejamento fora tão completo quanto o possibilitaram as informações subseqüentes, salpicou o mapa numa área de 40 km de comprimento por 23 km de largura. Porém, alguns elementos isolados saltaram mais longe, e destes, poucos tinham qualquer possibilidade de se unirem à Divisão, caindo em regiões pantanosas e no labirinto do terreno cerrado atrás da praia "Utah". A 82ª Divisão, sobretudo graças à chegada de um regimento aos seus objetivos, saiu-se um pouco melhor, mas só 4% do restante da Divisão foram lançados nas suas zonas a oeste do rio Merderet. Assim, as tarefas da Divisão a oeste do Merderet e as travessias dos rios Merderet e Douve, não podiam ser realizadas e asseguradas. A Divisão se transformara num regimento. Ao amanhecer, quando os desembarques navais s,e aproximavam da praia "Utah", a 101ª Divisão reunirá 1.100 dos seus 6.600 homens. Ao anoitecer, seu efetivo aumentara para 2.500. A 82ª Divisão, da qual faltavam pelo menos 4.000 homens naquele dia, ainda tinha somente um terço do seu efetivo três dias mais tarde. As duas divisões haviam perdido grandes quantidades de equipamento e quase toda a sua artilharia transportada por planadores, grande parte desta nos pântanos dos rios Merderet e Douve. Nenhuma das duas divisões pôde preparar-se adequadamente para a chegada dos seus reforços em planadores, e as baixas foram sérias.

Mas o fato notável é que se criou uma confusão tão grande no seio do inimigo, com essa dispersão incoerente de homens em suas linhas, que as reservas alemãs não tinham possibilidade de apoiar os defensores das praias ou dos meios para contra-atacar com eficiência. A batalha da praia de "Utah" estava praticamente vencida quando a 4ª Divisão de Infantaria começou a desembarcar.


Salto noturno na Normandia em 6 de julho de 1944

Não chegou a configurar-se um quadro coerente das lutas dos remanescentes isolados das Divisões Aeroterrestres naquele dia. Jamais se avaliarão as contribuições individuais de muitos homens que lutaram bravamente, sozinhos ou em grupos de dois e três. Mesmo os que se entregaram sem reagir, contribuíram, em vez de diminuir, para a confusão do inimigo. Os pára-quedistas precursores não se saíram bem. Muitos não conseguiram achar e demarcar as zonas de saltos; faltavam alguns faróis, especialmente a oeste do Merderet, na região infestada pelo inimigo; outros estavam colocados errados. Pilotos que pela primeira vez sofriam ataques antiaéreos, muitos deles "inadequadamente instruídos", tomaram medidas evasivas insensatas, perderam a direção nos bancos de nuvens e ultrapassaram as zonas de salto. Muitos passaram alto e depressa demais e despejaram suas "enfiadas" de homens, aumentando bastante os perigos do desembarque. O Maj.-Gen. Maxwell Taylor, Comandante da 101ª Divisão, saltou num núcleo do seu comando de divisão e se esforçou durante todo o dia para travar contatos e pôr alguma ordem no caos reinante. Não obstante, ele se sentiu "sozinho no Contentin" durante a maior parte do dia.

Aliás, a mistura imprevisível de saltos de diversos tipos, em grupos isolados e aos pares, no seu meio, paralisou o inimigo, e a aparente insensatez do desembarque tornou-se o mais importante fator do estranho sucesso obtido. O inimigo parecia estar sendo acossado por todos os lados por uma multidão de sombras indistintas, materializando-se em pontos aparentemente desconexos na realidade negra e dura de grupos desesperados de homens, não havendo meios de avaliar os efetivos reunidos contra ele, ou de que direção partiriam os ataques. A interrupção das suas comunicações dificultava a reunião dos fragmentos do quebra-cabeças em que se viram metidos, de repente, os batalhões, os regimentos e os postos avançados. Sentia-se o inimigo mais "perdido" do que seu adversário, e cônscio de que estava numa terra em que todos estavam prontos para se voltarem contra ele.

Por notável golpe de sorte, um pequeno grupo de homens emboscou e matou o comandante da 91ª Divisão alemã, que voltava de uma conferência para seu quartel-general. Assim, a 91ª Divisão, treinada para reprimir ataque aeroterrestre e formando praticamente a única reserva disponível na retaguarda dos defensores da costa do Cotentin, uma vez privada do seu comandante, ficou com sua capacidade comprometida.

Muitas pequenas, aldeias, nas áreas costeiras, haviam sido organizadas como pontos fortificados, onde as guarnições alemãs estavam tão isoladas e solitárias como os que as atacavam a esmo dentro da noite. Os comandantes inimigos, ouvindo, ansiosos, os ruídos da guerra nos céus, às vezes sentiam-se avassalados. Os informes que chegavam ao 7.° Exército alemão e ao Grupo de Exércitos "B" não logravam criar configurações coerentes nos mapas de operações. Sabia-se muito - e pouco - e nada se enquadrava. De Caen, no leste, às costas ocidentais do Cotentin havia desembarques de tropas aeroterrestres, enquanto que, desde as primeiras horas, um dilúvio de bombas caía sobre as praias e posições defensivas avançadas.
Finalmente, a Armada começou a despejar uma verdadeira multidão de homens e barcaças de desembarque nas águas ao largo da costa normanda. Enquanto muitos estavam certos de que esse devia ser o começo do principal assalto aliado, há tanto aguardado, e de que o campo de batalha seria a Normandia, outros, incluindo o Ten.-Gen. Speidel, Chefe do E.-M. de Rommel, e o Ten.-Gen. Blumentritt, Chefe do E.-M. de von Rundstedt, estavam em dúvida. Assim, a máquina militar alemã continuou hesitante, com suas escassas reservas não comprometidas, sua Armada na expectativa, Rommel fora de contato, na estrada para Ulm, e Hitler dormindo. Tudo isso deu às tropas situadas no flanco ocidental uma vantagem inicial que ignoravam e que as salvou de possível aniquilamento.

O General Eisenhower conversa com pára-quedistas da 101ª pouco antes do Dia-D

As primeiras tarefas da 101ª Aeroterrestre eram tomar e defender as saídas ocidentais dos quatro caminhos nos pântanos atrás da praia "Utah" e que se estendiam desde St.-Germain-de-Varreville até Pouppeville. Para o sul, ela precisava tomar a eclusa de La Barquette, que controlava o nível do rio, e estabelecer cabeças de ponte sobre o Douve, abaixo do Carentan. Assim, ela abriria caminho para as tropas navais, garantiria o flanco sul do VII Corpo e estaria pronta para alinhar-se com o V Corpo para o assalto à "Omaha".

Menos de uma hora antes que os primeiros pára-quedistas começassem a saltar dos aviões, seis colunas perceptíveis, compostas de elementos misturados da Divisão, já estavam a caminho dos seus objetivos. Cada coluna tinha à frente um coronel ou tenente-coronel e, por se deslocarem de modo deliberado e com um fim definido, cada coluna acrescentou indivíduos "perdidos" aos seus efetivos. Por sorte, um volume que bloqueava a porta do avião atrasou o salto do Coronel Johnson e de um grupo de homens, levando-os a saltar bem próximo da eclusa de La Barquette. Reunindo uma força total de 150 homens, Johnson dirigiu-se rapidamente para a eclusa, destacando 50 homens para tomar posição. O grupo havia atravessado antes que o inimigo reagisse com morteiros e artilharia. Na melhor das hipóteses, era uma cabeça de ponte fraca, de apenas 100 m de largura, mas o Cel. Johnson tinha de arriscar-se. Suas patrulhas haviam-lhe revelado que estava no meio de uma confusão de inimigos e de pequenos bolsões das suas próprias tropas. A despeito de muitas tentativas bravas, as pontes sobre o Douve e o flanco sul permaneceram desprotegidos.

Entrementes, 5 coronéis se locomoviam com rapidez diferente e sortes diversas rumo às tarefas urgentes de tomar as saídas das praias. Nenhum deles sabia da existência dos outros; cada coluna estava inteiramente só, procurando o que poderia ser possível fazer. Alguns quilômetros ao sul, próximo da aldeia de Colleville, um comandante de regimento vinha-se esforçando desde antes do amanhecer para estabelecer um posto de comando e servir como ponto focal para seu regimento. Assediado por todos os lados, o coronel muitas vezes tinha dificuldades para manter sua precária posição. Todavia, ele mandara sua única "reserva" possível, uma força de 50 homens dirigidos por um dos seus comandantes de batalhão, com quem podia manter contato, garantir a saída sul da praia em Pouppeville. Insistindo para que essa força se apressasse ao máximo, o coronel sentiu uma sensação de isolamento que, muito erroneamente, julgava ser única na península do Cotentin. Naquela mesma hora, um coronel, com 200 homens, dirigia-se com dificuldade para o sul, na mesma missão, tendo sido lançado quilômetros ao norte do seu objetivo. Talvez por sorte, o Gen. Taylor, que conseguira estabelecer o núcleo de um posto de comando de divisão com alguns efetivos, nada sabia desses movimentos; tudo o que estava fora de seus olhos era um livro fechado. Ele imediatamente ordenou a uma força de 50 homens que se dirigisse para Pouppeville e se uniu à marcha com 18 oficiais. Assim, três colunas independentes convergiam para as saídas do sul.

Eram 8 horas quando essa pequena força alcançou Pouppeville, sentiu o batismo de fogo nos postos avançados inimigos e, incapaz de manobrar, travou luta renhida de casa em casa. Ao meio-dia, quando os remanescentes da guarnição alemã se renderam, pressionada também pela infantaria avançada da 4ª' Divisão, que vinha pelo caminho, a força perdera 18 homens.
Outra coluna, porém, chegava a Houdienville a tempo para encontrar as forças marítimas que avançavam. A terceira força progredira ainda mais lentamente, incapaz de se livrar de pequenos grupos inimigos que lhe hostilizavam os flancos.Durante todo o dia e toda a noite, a 101ª Aeroterrestre, reduzida a uma força efetiva muito inferior à de um regimento, não só estava isolada das suas unidades muito espalhadas, como também ignorava por completo o destino da 82ª.

O desempenho das 101ª e 82ª Aeroterrestres no DIA "D" tem de ser visto em fragmentos como este. A confusão que seu desembarque, um tanto desordenado, levou ao inimigo talvez tenha sido mais eficaz, para os seus objetivos, do que se tudo tivesse saído conforme os planos. No fim do dia, as Divisões não tinham estabelecido contato entre si. Cada uma acreditava ter perdido uns dois terços das suas tropas. Mas nenhuma delas encontrava razões para ficar satisfeita, nem tinha a menor idéia do que estava acontecendo. Tudo o que podiam fazer era aguardar o novo dia.

 

Pára-quedistas americanos da 101ª e 82ª durante o Dia-D.

Durante os dois dias seguintes de luta a 101ª alcançou os seus objetivos atrás da praia Utah e girou para o sul, para Caretan, que era a chave para controlar a península. Após dias de luta a península foi conquistada. A 101ª tomou a cidade de Caretan e resistiu por dois dias a fortes ataques inimigos, até que chegaram reforços. De cada 4 pára-quedistas da 101ª, 1 foi ferido ou morto na Normandia.

Operação Market Garden

Quase um mês após o Dia-D, no dia 2 de agosto de 1944, a 101ª já reposta de todas as baixas, participou como parte do 1º Exército Aerotransportado, ao lado da 82ª dos EUA e da 1ª Divisão de Pára-quedistas britânica, da Operação Market Garden.  A missão era saltar atrás das linhas inimigas para capturar pontes da estrada que levava até o rio Reno, facilitando assim o avanço dos blindados aliados na invasão da Alemanha. Esta estrada ficou conhecida como "a estrada do inferno".

Este salto foi muito mais organizado do que o salto precedente realizado na Normandia. A missão da 101ª era tomar a extremidade sul da rodovia. Terminou esta missão em 2 dias. A divisão foi responsável pela tomada de 60 milhas da estrada e 16 milhas da auto-estrada. A seguir a 101ª foi enviada para a linha de frente próximo a Arnhem, onde estavam os pára-quedistas britânicos que não conseguiram manter as suas posições depois de dias de duros combates contra unidades blindadas das SS.

Operação Market Garden - Participação da 101ª Divisão Aerotransportada 

DIA 17
O comandante do 501º Regimento Coronel Howard Johnson saltou na Zona 'A' perto de Veghel. o 1º Batalhão deste regimento saltou em outro lugar. A zona de salto desta Batalhão era a 'A1 ' perto de Veghel, mas eles saltaram no lugar errado e terminaram perto de Castelo de Heeswijk, 10 quilômetros mais longe do objetivo. Não obstante, eles marcharam depressa para Veghel onde eles chegaram às 17:00h. Nesse ínterim o resto do 501º Regimento tinha capturado ambas as pontes intactas e tinha montado um forte bloqueio na estrada sul de Veghel perto da aldeia de Eerde. A missão do 501º foi realizada com completo sucesso.

53 planadores aterrissaram no triângulo Son-Best-St. Oedenrode (Zona 'W'). O número original de planadores era maior mas o fogo antiaéreo alemão abareu vários deles. Os regimentos 502º e 506º estavam destacados para essa área. O 502º Regimento, aterrissou na Zona 'B'. Eles encontraram um pouco de resistência em St. Oedenrode, mas a ponte de Dommel foi tomada intacta. O outro objetivo do 502º Regimento era a ponte próximo a Best. Se esta ponte pudesse ser tomada o General Taylor teria duas pontes no Canal de Wilhelmina; uma aqui e a outra em Son. Para Taylor foi dito que algumas unidades alemãs foram enviadas para Best. Considerando que a ponte era um objetivo secundário, uma companhia foi enviada para Best. Ela se defrontou com uma forte resistência. As forças alemãs pertenciam a 59ª Divisão de Infantaria do 15º Exército. Foram enviados reforços, mas a batalha cessou quando a noite caiu. 

O 506º Regimento foi lançado na Zona 'C' e tinha como missão tomar a ponte mais importante na área de Eindhoven. Imediatamente depois de aterrissar, os três batalhões aproximaram da cidade de dois modos. O primeiro batalhão foi na frente e passou para o sul. O resto do 506º Regimento seguiu a estrada por Son. Ambos avanços cessaram quando os alemães abriram fogo com os seus 88mm. Os americanos levaram aproximadamente uma hora para eliminar a resistência alemã antes que pudessem retomar o seu avanço. E dentro do cronograma da operação uma hora era muito tempo. Dentro deste tempo os alemães tinham conseguido explodir a ponte em Son. Duas outras pontes que o 506º Regimento também tinha que tomar foram explodidas mais cedo pelos alemães a vários dias. Uma ponte de pedestres foi construída e uma linha de defesa fixa sobre o sul do canal de Wilhelmina. A ponte de Eindhoven que de acordo com o plano tinha que ser tomada naquele dia, não foi alcançada. 

DIA 18
As posições americanas em Veghel (501º Regimento) e St. Oedenrode (502º Regimento) foram atacadas várias vezes pelos alemães, mas todos os ataques foram repelidos. Agora com a ponte em Son destruída, a ponte em Best tinha se tornado o objetivo principal. O 3º Batalhão do 502º Regimento foi enviado a Best para tomar a ponte. Ele lançou um ataque, mas os alemães não cederam. O 2º Batalhão também foi enviado para Best, mas os alemães eram muito fortes e os dois batalhões foram forçados a tomar uma posição defensiva. Apesar da sua superioridade os alemães temeram perder a ponte e a explodiram por voltas das 11:00h.

O 506º Regimento marchou para Eindhoven. Quando eles alcançaram os subúrbios de Eindhoven que eles foram atacados por alemães armados com peças de artilharia de 88mm. Porém os americanos venceram a resistência alemã. As pontes sobre o Dommel foram tomadas sem qualquer luta e por volta do meio-dia alguns blindados da Household Cavalry entraram em Eindhoven, sendo o primeiro contato entre a 101ª Divisão Aerotransportada (Market) e o XXX Corpo britânico (Garden). Estes carros tinham se aproximado de Eindhoven pelo oeste. No sul a força principal foi alvo de fortes resistência alemã em Aalst. A noite o contato foi estabelecido entre os pára-quedistas e a força principal. Eindhoven foi liberada. Reforços aterrissaram na Zona 'W', trazendo o 327º Regimento de Planadores. Suprimentos foram lançados por B-24s americanos, mas a metade foi recuperado. 

DIA 19
Ao se aproximar de Veghel o 501º Regimento foi atacado por Fallschirmjägers alemães ( pára-quedistas). Os americanos foram forçados a se retirar, mas eles puderam resistir ao ataque. Mais infantaria chegou à zona de aterrissagem. Estes reforços foram usados para defender a zona de aterrissagem e apoiar as tropas em Best onde os homens do 502º Regimento Panther_Front. tinham estado lutando desde de cedo de manhã. Com estes reforços e o apoio de tanques britânicos, os alemães foram derrotados pela tarde. Foram destruídas quinze peças de 88mm e foram capturados aproximadamente 1.000 soldados alemães. O 506º Regimento tinha se movida de sua posição no oeste para o leste de Eindhoven e em conjunto com os britânicos começaram a patrulhar a área. De repente, tanques Pantera aproximaram-se de Son e abriram fogo, inclusive contra a ponte Bailey. Esta era uma ameaça séria ao corredor do XXX Corpo. Afortunadamente, uma arma anti-tanque de 57mm, foi movida da zona de aterrissagem, e eliminou alguns dos tanques antes que eles causassem danos mais sérios. Os outros tanques se retiraram e o corredor foi aberto novamente. Naquela noite a Luftwaffe bombardeou Eindhoven. Os alemães mataram mais de 200 e feriram 800 civis. A alegria exuberante virou pesar e lamentação. O avanço do XXX Corpo estava atrasado várias horas

DIA 20 
Os pára-quedistas alemães que forçaram os americanos do 501º Regimento a se retirar em 19 de setembro foram cercados pelos americanos e derrotados. Mais de 400 alemães foram capturados e a aldeia de Dinther foi libertada. Tanques Pantera da 107ª Brigada Panzer novamente ameaçaram o corredor. Eles atacaram caminhões na estrada para Son e tentaram cortar o avanço britânico. Tropas aerotransportadas americanas com apoio dos britânicos lançaram um contra-ataque, mas a batalha era indecisa. A luta continuou ao longo do dia

DIA 21 
O 1º Batalhão do 501º Regimento cruzou o canal de Zuid-Willemsvaart perto de Dinther, a aldeia que eles tinham liberado um dia antes. Eles foram até Schijndel, a oeste de aldeia de Veghel. Pela tarde, foi alcançado Schijndel e um ataque foi lançado. uma parte da aldeia foi liberada. O 3º Batalhão alcançou a estrada entre Schijndel e St. Oedenrode. Os alemães lançaram um ataque a St. Oedenrode, mas os homens do 502º Regimento resistiram a agressão. O 506º Regimento, com tanques do XXX Corpo britânico continuaram o seu ataque aos alemães perto de Nederwetten. Finalmente, os alemães se retiraram e o corredor estava novamente aberto

DIA 22 
A aldeia de Schijndel, parcialmente liberada em 21 de setembro, foi totalmente libertada pelos pára-quedistas americanos apoiados por tanques britânicos que dominaram as posições alemãs durante a noite. Aproximadamente 400 alemão foram feitos prisioneiros. Os pára-quedistas americanos rumaram para o norte da ao longo da Estrada de Inferno. Homens do 506º Regimento marcharam para Uden. Logo após eles deixarem Veghel os alemães lançaram um ataque a aldeia. Do leste a 107ª Brigada Panzer bloqueou o corredor novamente. Eles aproximaram de Veghel vindos de Erp e tinham recebido ordens de destruir as pontes em Veghel e parar o avanço do XXX Corpo. A 107ª Brigada Panzer tinha sido reforçada e tinha foi chamada de Kampfgruppe (Grupo de luta) ‘Walther’. Este grupo consistia de três batalhões SS, 35 tanques e artilharia. No oeste o Kampfgruppe ‘Huber ' da 59ª Divisão de Infantaria atacou Veghel. Veghel era uma constante campo de batalha e Horrocks se referiu a este dia como a “sexta-feira negra”. O 501º Regimento não pode parar os ataques alemães. Os pára-quedistas do 506º Regimento foram enviados para apoiar os seus companheiros. Afortunadamente os pára-quedistas americanos não estavam sós. O 44º Real Regimento de Tanques britânico proveu apoio. Embora o ataque do Kampfgruppe Huber do oeste fosse parado, o outro ataque alemão não foi. O ataque principal a Erp foi resistido, mas os alemães tiveram sucesso bloqueando o norte do corredor em Veghel. Embora as pontes permanecessem intactas e em mãos Aliadas, o XXX Corpo britânico avançava no ritmo de “uma parada militar”.

DIA 23 
Forças alemãs lançaram vários ataques a Veghel. Todos foram detidos mas o corredor ainda estava cortado. Era vital que o avanço para Nijmegen e Arnhem continuasse. Horrocks enviou os 32º Brigada de Guardas de Nijmegen para abrir o corredor novamente. Por volta das 17:00h eles chegaram pelo norte de Veghel. Um ataque combinado de ambos os lados pelos americanos e tropas britânicas finalmente levantou o bloqueio e o corredor foi aberto. Porém, o XXX Corpo estava muito atrasado. A 327ª Infantaria de Planador e o 907º Batalhão de Artilharia de Planador chegaram de transporte aéreo. Devido ao tempo ruim, eles não puderam ser transportados mais cedo ao setor de Eindhoven. Depois da sua chegada foram enviados imediatamente para Veghel para proteger o corredor de ataques alemães adicionais

DIA 24 
Embora os alemães tivessem abandonado Erp, eles ainda tentaram cortar o corredor. O Oberstleutnant Von der Heydte comanddante do 6º Fallschirmjägerregiment lançou um ataque a Veghel vindo do oeste. Um confronto entre as forças alemãs e americanas aconteceu na aldeia de Eerde, no sul de Veghel. A batalha foi feroz, mas os pára-quedistas americanos prevaleceram. Mais ao sul, o corredor foi atacado perto de Koevering, um vilarejo entre St. Oedenrode e Veghel. Aqui, por volta das 17:00h, o Kampfgruppe ' Jungwirth' cortou o corredor. Vários caminhões britânicos foram alvo do fogo alemão. O contato entre o 501º e 502º Regimento estava cortado. Foram enviados reforços imediatamente para Koevering, mas os alemães tinham tomado posições ao longo da estrada e as mantinham sobre controle.

DIA 25 
O corredor ainda estava cortado em Koevering. O 506º Regimento e o 44º Regimento de Tanques atacaram, mas graças à sua artilharia, os alemão resistiram ao ataque. A luta para manter o corredor aberto era dura e o objetivo principal de Market Garden, Arnhem, estiva fora do alcance agora. Os Aliados continuaram os seus ataques. Os americanos atacaram do sul enquanto a 50ª Divisão britânica também lançou um ataque. A maioria dos alemães foi derrotada.

DIA 26 
Em 26 de setembro, depois de dois dias, foram eliminadas as forças alemãs e a estrada limpa de minas terrestres. O corredor estava novamente aberto. A partir daquele dia, XXX Corpo não avançou para Arnhem. Nijmegen era agora a nova linha de frente nos Países Baixos.

Equipamentos dos pára-quedistas americanos ma Segunda Guerra Mundial.

Bastogne

Após essa operação o grande momento da 101ª foi durante a Ofensiva das Ardenas, durante o cerco de Bastogne. Bastogne foi o grande momento histórico da 101ª, pois esta divisão, por todos os dias que duraram a batalha pela cidade belga, ficou no centro da história militar. Os combates em Bastogne configuraram como parte do contexto da grande batalha das Ardenas, a batalha do Bolsão para os americanos, que foi travada durante 35 dias, no rigoroso inverno de 1944, numa área que os alemães denominavam de Dreilaendereche (a esquina dos três países: Alemanha - Holanda – Bélgica). Caracterizou-se a contra-ofensiva alemã, pelo menos no seu começo, por ter provocado a mais completa surpresa nos aliados.

A escolha da região de Ardenas para o desencadear da contra-ofensiva devia-se, entre outras considerações, é que lá dera-se a espantosa vitória de maio de 1940, ocasião em que as divisões panzers dos generais Heinz Guderian e Erwin Rommel, saindo da floresta, esmagaram a inútil resistência francesa.

Por conseguinte, Ardenas tornara-se um mito capaz de incendiar o imaginário do soldado alemão e fazê-lo, contra todas as expectativas, alcançar a vitória. “Ardenas!” pois, tinha um efeito eletrizante, um grito de guerra, uma expectativa de sucesso arrasador. Hitler quis repetir o feito de 1940, ainda que com menos da metade das divisões que contava então.

Além disso, ao contrário do Fronte Leste, imenso, o Fronte Ocidental era concentrado, possível de ver-se o impacto de uma contra-ofensiva fulminante. Hitler chegou a ter expectativas, obviamente delirantes, de que a Operação Wacht am Rhein, Alerta no Reno, como a preparação para Ardenas foi designada, se bem conduzida (pondo cerco ao exército norte-americano ou colocando-o em desatinada fuga), poderia inclusive provocar um grande clamor nos Estados Unidos, com a população exigindo nas ruas a volta das tropas para casa. Ou então forçar a que Churchill e Roosevelt aceitassem entabular uma negociação de paz.

Para garantir a superioridade absoluta sobre os aliados anglo-americanos foram destacadas como força de choque três exércitos blindados, com diversas divisões SS-panzers equipadas, a maioria delas, com os modernos tanques Panther - uns 600 no total - , contando com o apoio de uns 200 a 250 mil soldados sob o comando operacional do Marechal Walter Model, sob supervisão do Marechal von Rundstedt.

A área escolhida para o ataque alemão ia de Monschau até Echternach nas Ardenas, bem mais de cem quilômetros de extensão. Um pouco antes das 6 horas da manhã do dia 16 de dezembro de 1944 o ataque começou. Nos primeiros dias foi avassalador. Mesmo com a neve atrapalhando os movimentos, os tanques conseguiram abrir caminho em direção aos seus objetivos.

O 6º , o 5º e o 7º exército de panzers, liderados pelos generais "Sepp" Dietrich, von Manteuffel, e Ernst Brandenberguer, tinha objetivos distintos: o 6º tinha como missão ocupar o lugarejo de Saint Vith (devido a importância das comunicações) e depois alcançar a Anvers (onde havia depósitos de carburantes para os blindados); o 5º exército deveria tomar Bastogne, centro ferroviário da região e dali seguir para Bruxelas; o 7º devia proteger o flanco dos outros, contra o III Exército americano comandando pelo general Patton.

Reação Aliada

Os americanos, por sua vez, refeitos do susto e tentando cessar o avanço inimigo adotaram algumas medidas emergenciais. O 18º Corpo Aeroterrestre era a reserva estratégica do SHAEF, e era formado pelas 82ª e 101ª Divisões Aerotransportadas, que se encontravam em Reims (leste da França), França, se recompondo de suas ações na Operação Market Garden. Muitos dos soldados dessas divisões estavam de licença. Essas duas divisões foram alertadas dia 17 de dezembro e se prepararam para avançar a região próximo a Bastogne. Elementos da 10ª Divisão Blindada, do 3ª Exército americano, do General Patton, foram encaminhados para o norte, a fim de cooperarem com a 4ª Divisão reforçada. Paralelamente, garantiram algumas instalações com unidades de serviços, além de finalizarem os preparativos para o transporte urgente de um depósito de combustível que continha mais de dois milhões de galões de gasolina. Além disso, unidades de engenharia preparavam a dinamitação de pontes e estradas. As 82ª e 101ª Divisões Aerotransportados iniciaram com as primeiras luzes do dia seu deslocamento. A 82ª que já estava com duas semanas da licença na frente da "Screaming Eagle", tinha retornado primeiros aos poucos com o seu pessoal que estava de licença e portanto estava mais avançado em preparativos. Para esta batalha a 82ª teve um batalhão de tanques anexado (740º).

É importante destacar que as duas divisões estavam desfalcadas quando foram convocadas. Muitos dos seus homens estavam de licença, fazendo cursos ou como no caso de oficiais superiores, dando palestras. E isso era especialmente verdade em relação ao 101ª. O seu comandante, General Maxwell Taylor, que fora o último a deixar a Holanda estava de licença nos EUA, o subcomandante estava na Inglaterra dando palestras sobre as últimas operações da divisão. Juntamente com ele estavam 21 oficiais, destes 5 eram comandantes graduados. Portanto quando chegou a hora das divisões aerotransportadas irem em auxílio do 1º Exército do General Hodges, o General Gavin assumiu o comando do 18º Corpo Aeroterrestre, e foi imediatamente para Spa onde estava Hodges, e o General-Brigadeiro Anthony McAuliffe, comandante da artilharia divisionária do 101ª, como o oficial mais graduado presente nesta divisão, assumiu interinamente o comando da mesma.  

Soldados da 101ª combatendo próximo a Bastogne.

Cerca de 800 caminhões foram usados para transportarem o 18º Corpo, destes 380 foram destacados para a 101ª e seus 11.000 soldados. As duas divisões deveriam ser enviadas para Werbomont, ao norte de Bastogne. A 82ª Aerotransportada já estava bem próxima desta cidade e a coluna avançada de 101ª estava colada nos últimos elementos da 82ª quando estes estavam passando por um cruzamento próximo a Bastogne. Neste ponto eventos casuais mudaram a sorte da batalha. O General McAuliffe que estava bem na frente com o seu veículo decidiu visitar o General Troy Middleton que tinha o QG do seu VIII Corpo de Exército instalado em Bastogne. Em Bastogne, passa a grande estrada de Luxemburgo a Bruxelas, por Namur. Dela se destaca outra grande estrada, que se dirige para Liège. Quatro estradas secundárias irradiam para Neufchâteau, La Roche, Trois Vierges e Ettelbruck. 

Logo atrás vinha o coronel Sherburne, da artilharia da 101ª, que já não agüentava mais a lentidão da 82ª a sua frente e queria chegar logo em Werbomont. Para isso decidiu pegar um atalho passando por Bastogne, pois um mapa lhe informava que passando por Bastogne, chegaria mais rápido em Werbomont. Quando soube que o comandante de sua divisão já estava na cidade concluiu que as tropas deveriam ser desviadas para aquela cidade e ordenou que todo tráfego da 101ª que vinha atrás dele fosse encaminhado para Bastogne. Pouco depois veio a ordem de enviar toda a 101ª para Bastogne, mas a divisão já estava lá. O que de fato foi fortemente significativo para rechaçar a ofensiva alemã no dia 19 de dezembro contra aquela cidade que começou logo depois, quando tropas da Panzer Lehr, sempre comandada por Bayerlein, se aproximaram da cidade. O General Manteuffel adota uma solução de compromisso em relação a Bastogne e outros dos seus objetivos da Ofensiva das Ardenas. Deixa diante de Bastogne um regimento da Panzer Lehr, para ajudar a 26a Divisão de Granadeiros do Povo para tomar a cidade, reforça essas tropas com a Fuhrer-Begleit Brigade, reserva blindada do 47o Corpo, e com elementos da 15a Divisão de Granadeiros Panzer.

Em Bastogne, encontrava-se ao lado da 101ª Divisão Aerotransportada os efetivos do 705° Grupo Antitanque, o Grupamento Blindado de Reserva e o Grupamento Blindado B. As forças americanas que defendiam a cidade somavam 18.000 homens.

Após 5 dias de duros ataques realizados pelos alemães, os homens que defendiam Bastogne estavam sem reforços e com poucos suprimentos. Por isso antes de atacar, o comandante dos sitiantes, General Heinz Kokott, julga necessário - "sem minha aprovação", anota Manteuffel - intimar os sitiados a render-se. Por isso dois oficiais alemães, um major e um tenente, foram enviados para falar com o comandante da guarnição americana, com uma carta do comandante alemão que exigia que a 101ª se rendesse. Diante desta condição o General Antony McAuliffe respondeu: “Nuts”, que quer dizer literalmente "Nozes". Mas na gíria americana é como exclamar "Doidos!". O cerco começa. Os alemães continuaram seu ataque ao perímetro americano sem sucesso, e a 101ª continuou a manter a cidade. 

O general Patton do 3º Exército é encarregado de levantar o cerco. Sua ofensiva começa a 22 de dezembro, às 4 horas da manhã, com a 26a, a 80a e a 4a Divisões blindadas. Choca-se com o 7o Exército alemão, que, fortalecido com três divisões de granadeiros do povo e uma divisão de pára-quedistas, cobre o flanco esquerdo alemão. O progresso americano é muito lento, a princípio, numa neve profunda e por caminhos abomináveis. Mas a oração redigida pelo capelão de Patton é atendida: no dia 23, o sol levanta radioso sobre a paisagem hibernal. A aviação pode atuar, e milhares de aviões da USAAF e da RAF entraram em ação. O avanço é acelerado, Patton exulta: "Tempo maravilhoso para matar alemães!..." Reabastecida pelo ar, graças à melhoria do tempo, Bastogne se mantém. Os libertadores se aproximam. No dia 26, pela manhã, a 4a Divisão Blindada, ultrapassou Vaux-les-Rosières, na estrada de Neufchâteau. Às 14 horas, seu comandante, o General Gaffey, telefona diretamente a Patton: "Posso correr um grande risco?" - "Naturalmente. De que se trata?" Gaffey propõe lançar em flecha sobre Bastogne seu Comando de Combate R, do Coronel Wendell Blanchard. O terreno, solidamente gelado, é favorável aos tanques, e a divisão está a apenas 10 km dos sitiados. O Comando de Combate se lança. Evita Sibret e a estrada de Neufchâteau, toma uma estrada rural, esmaga o vilarejo de Assenois, avança no meio de grupos alemães desmantelados. Às 16h50, uma pequena coluna de três tanques Sherman e algumas meia-lagartas, conduzida pelo primeiro-tenente Bogess, vê na fumaça um grupo de soldados de cáqui atacando um blockhaus. São sapadores do 326o Batalhão de Engenharia. Rompeu-se o cerco de Bastogne.

Os blindados alemães foram forçados a operarem apenas à noite, em meio ao gelo e a neve, o que praticamente os paralisou. Além disso as reservas de carburante se exauriram. No dia 3 de janeiro de 1945 o Marechal von Rundstedt aconselhou os comandantes a organizarem a retirada. Mesmo assim, com a situação invertida, os alemães continuaram resistindo tenazmente. A Luftwaffe, no começo de janeiro de 1945, ainda realizou uma investida-surpresa sobre 27 campos de pouso dos aliados, com enormes perdas de ambos os lados. No dia 18 de janeiro, 35 dias depois da batalha ter-se iniciado, ela encerrou-se oficialmente com o recuo das restantes das tropas alemãs para a sua base original. Acumularam uma perda de 1/3 dos soldados, uns cem mil entre mortos e feridos, 800 tanques destruídos e mil aviões derrubados. No total, 10.733 soldados americanos morreram, havendo ainda 42.316 feridos e 22.636 desaparecidos. Mais de dois mil veículos foram destruídos e 592 aviões foram abatidos.

Depois de Bastogne a 101ª continuou lutando, após um breve descanso, empurrando os alemães para trás de sua própria fronteira. A divisão entrou na cidade de Burtchesgartens que era a residência fortificada de Hitler conhecida como "o ninho das águias". Os soldados andaram através da residência pessoal de Hitler e apreciaram os confortos de seu refúgio pessoal.  Por seus esforços valentes e ações heróicas durante a Segunda Guerra Mundial, foram 214 dias de combates, a 101ª foi concedida quatro flâmulas de campanha e duas citações presidenciais da unidade. A 101ª foi responsável pela capturar de 29.527 soldados inimigos. Porém o preço da vitória foi alto. 2.043 soldados morreram em ação e 7.976 foram feridos, 1.193 desapareceram em ação e 336 foram feitos prisioneiros.

A Ordem de Batalha da 101ª durante a Segunda Guerra Mundial era a seguinte:

  • 501stParachute Infantry Regiment

  • 502nd Parachute Infantry Regiment

  • 506th Parachute Infantry Regiment

  • 327th Glider Infantry Regiment

  • 401st Glider Infantry Regiment

  • 101st Parachute Maintenance Battalion

  • 326th Airborne Engineer Battalion

  • 326th Airborne Medical Company

  • 81st Airborne Antiaircraft Artillery Battalion

  • 101st Airborne Division Artillery

  • 321st Glider Field Artillery Battalion

  • 377th Parachute Field Artillery Battalion

  • 463d Parachute Field Artillery Battalion

  • 907th Glider Field Artillery Battalion

  • 101st Ordnance Company

  • 426th Quartermaster Company

  • 101st Signal Company

  • Military Police Platoon

  • Headquarters Company

  • Reconnaissance Platoon

Insígnia no capacete

A 101ª é famosa pelas decorações de seus capacetes. Os soldados desde a Segunda Guerra Mundial usam os naípes do baralho (às, copas, espada e paus), que indicam o regimento a que pertencem.

Regimentos da época da II Guerra Mundial:

  • 502nd Airborne: Copas.

  • 327th Glider: Paus.

  • 506th Infantry: Espada.

  • 501st Infantry: Ouro.

Outras formações pára-quedistas dos EUA durante a Segunda Guerra

Além da 82ª e da 101ª, outras 3 divisões foram criadas: 11ª (atuou no Pacífico), 13ª e 17ª (Noroeste Europeu). A 13ª foi a única divisão enviada para o Noroeste Europeu que não foi engajada em combate. Existiu ainda a 1ª Força-Tarefa Aeroterrestre (FTA), uma força mista composta por uma brigada pára-quedista britânica, 1 regimento pára-quedista, 2 batalhões pára-quedistas independentes e 1 grupo de artilharia, estes americanos. Foi criada para apoiar a invasão do Sul da França e nos chama a atenção pelo regimento pára-quedista americano, o 517º: ele compunha originalmente a 17ª Divisão Aeroterrestre, mas foi destacado dela em 03/44 e foi compor a 1ª FTA; depois disso, foi levado às pressas para a Batalha das Ardenas, onde foi temporariamente anexado, sucessivamente, à 30ª DI, à 7ª DB, à 82ª DAet, à 106ª DI e à 78ª DI, até ser finalmente designada para a 13ª Divisão Aeroterrestre, a 01/03/45.

Pós-Guerra

A 101ª foi reativada como unidade de treinamento em Camp Breckinridge, Kentucky em 1948, outra vez em 1950. Em 1954 foi reativada em Fort Jackson, Carolina do Sul, e março de 1956 a 101ª foi transferida, para Fort Campbell, Kentucky, para ser reorganizada como uma unidade de combate. Em 1957 elementos da divisão foram desdobrados para Little Rock, Arkansas, pelo Presidente Dwight D. Eisenhower para, como reforço federal, restabelecer a ordens durantes distúrbios raciais, no que ficou conhecida como a Crise de Little Rock.

Vietnam

Em meados da década de 1960 tropas de 101ª foram desdobradas para a Republica do Vietnam, depois em 1967 toda a divisão foi enviada para a área de conflito.  Agora a 101ª era uma força que usava helicópteros para transportar e suas tropas até a frente de batalha. Esta vantagem fêz com que 101ª fosse uma escolha óbvia para o conflito do Vietnam. A selva densa fez com que o uso dos helicópteros fosse altamente desejável porque eles ofereceriam grande maneabilidade . Esta habilidade permitiu que a 101sª realizasse mais missões do que toda as outras unidade.

Como parte da contra-ofensiva do Tet a 101ª participou em 14 de maio de 1969 da batalha pelo monte 937, no Vale A Shau, conhecida como a Batalha de Dong Ap Bia ou a Batalha de Hambuguer Hill, devido a grande quantidade de fogo disparado contra o monte 937 que acabou com a sua vegetação e a quantidade de mortes que ocorreram ali. Os combates foram bem duros e o objetivo da 101ª era desalojar os norte vietnamitas que estavam entrincheirados ali. Após 10 dias de sangrentos combates os vietnamitas se retiraram e a 101ª tomou o monte. A 101ª também participou da batalha da Firebase Ripcord em 1970. A 101ª foi desdobrada para a região do I Corpo de Exército que operava bloqueando as rotas de infiltração do Exército do Vietnam do Norte através do Laos e do Vale Shau. Elementos da 101ª, apoiadas por tropas de Exército do Vietnam do Sul, participaram da Operação Lam Son 719, a invasão do sul do Laos.  Após estas operações, a 101ª Airborne passou por uma série de reorganizações. Seu nome foi mudado para 101ª Air Cavalry Division e depois para 101ª Airborne Division (Airmobile).

Em quase sete anos de combates no Vietnam, os elementos da 101ª participaram de 15 campanhas. O 101ª foi a última divisão de combate americana a sair do Vietnam em 1972. A 101ª sofreu duas vezes mais baixas no Vietnam do que durante a Segunda Guerra Mundial, porém manteve a sua reputação como uma força de combate excelente. A 17 soldados da 101ª foram concedidas medalhas de honra. Em 4 de outubro de 1974, a 101ª Airborne Division (Air Mobile) transformou-se na 101ª Airborne Division (Air Assault).

Nem a Guerra do Vietnam trouxe para a divisão tragédia tão grande quando a sofrida em 12 de dezembro de 1985. Neste dia um avião fretado para transportar tropas de Kentucky para o deserto do Sinai caiu perto de Gander, Newfoundland. Morreram 241 recrutas do 3º Batalhão do 502º de Infantaria. 

Soldados americanos de unidades aerotransportadas na Guerra do Vietnam

Iraque - Operação "Desert Storm"

Em janeiro de 1991 a 101ª entrou em combate na Guerra do Iraque, participando da chamada Operação "Desert Storm". Na verdade as unidades da 101ª foram umas das primeiras a serem desdobradas para o Teatro de Operações. Quando helicópteros AH-64 da 101ª atacaram posições de radar iraquianas em 17 de janeiro de 1991 eram as primeiras unidades do Exército dos EUA a entrarem em combate. Depois que a guerra em terra começou, a 101ª foi requisitada para realizar um avanço profundo no Iraque, para montar uma base de operações para futuras manobras. Durante a fase terrestre da guerra a 101ª fez o maior e mais longo assalto helitransportado da história. Mais de 2.000 homens, 50 veículos do transporte, artilharia, e toneladas de combustível e munição foram transportado por ar por cerca de 50 milhas Iraque adentro. As unidades da divisão desembarcaram no Iraque e estabeleceram a Base de Operações Avançadas Cobra (Forward Operation Base Cobra). Os veículos terrestres fizeram 2.000 prisioneiros ao oeste de Kuwait, permitindo que os americanos tivessem livre acesso ao Iraque. A 101ª também foi responsável pela captura de Rodovia 8, que era usada para levar suprimentos para as tropas iraquianas em Bagdá. Para realizar isto, a divisão conduziu um grande assalto aéreo. A divisão se moveu da Cobra FOB para a Víbora FOB, que foi usada para operações ofensivas contra o Exército iraquiano que se retirava do Kuwait. Um cessar fogo foi declarado depois de 100 horas que os EUA iniciaram a sua ofensiva terrestre. Cinco soldados da 101ª perderam suas vidas durante a guerra em terra. Com o cessar fogo estabelecido em 27 fevereiro 1991, a divisão começou suas preparações para a sua retirada. Por volta do dia 1 de Maio de 1991, a 101ª voltava para casa.

Na década de 1990 a divisão também foi enviada para apoiar esforços humanitários em Ruanda e Somália e funcionar como peacekeepers na Bósnia e no Haiti.

Na década de 1990 a 101ª era capaz de realizar grandes operações helitransportadas, conseguindo lançar uma força de 4.000 soldos cerca de 150km a 300km dentro do território inimigo. A companhia possuía 281 helicópteros, incluindo três batalhões de helicópteros de ataque AH-64 Apache. Essa divisão possuía três brigadas, mais sua própria artilharia divisionária, comando de suporte divisionário, a 101ª brigada de aviação, a 159ª brigada de aviação, o 101º grupo de suporte e diversos comandos separados.

Afeganistão

Após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 a 101ª também é destacada para dar sustentação na Guerra ao Terrorismo. No Afeganistão seus soldados lutaram na Operação "Anaconda" no Vale Shah-e-Kot, que tinha por objetivo cercar e aniquilar os remanescentes da al-Qaeda e do Taleban no Afeganistão. Desta operação participaram afegãos, alemães, noruegueses, canadenses, dinamarqueses, ingleses e franceses, além de americanos, é claro. Durante estes combates houve uma dramática operação de resgate. A ação começou depois que um helicóptero tipo MH-47 Chinook foi atingido por lançadores de granada e teve de fazer um pouso forçado em terreno hostil. A tripulação de oito homens pediu socorro, mas seus salvadores também foram recebidos a granadas. Dos dois helicópteros de resgate, um foi abatido, com sete homens mortos, e o outro teve de bater em retirada, deixando um passageiro para trás. O cabo Neil Roberts, do Seals, comando de elite da Marinha, caiu do helicóptero, assim como aconteceu em Mogadíscio. Neil foi capturado ainda vivo, mas um avião-robô espião filmou sua execução sumária por membros da al-Qaeda. Os que estavam no solo tiveram de enfrentar 15 horas de tiroteio, até que o mau tempo da região permitisse novas incursões americanas. Imediatamente depois disso, 800 soldados da 10ª Divisão de Montanha e da 101ª Divisão Aerotransportada foram despachados para a área e comandaram a pontaria dos bombardeiros. Durante a semana, cinco mil bombas de uma tonelada foram despejadas região de Gardez. A tropa que entrou em ação pediu e recebeu o reforço de mais 300 homens dois dias depois. Em pouco tempo, cerca de mil soldados de infantaria afegã, mais o contingente multinacional de 1.500 homens estavam em furioso combate com a al-Qaeda. A 3ª brigada da 101ª Divisão teve uma atuação destacada a Operação "Anaconda". 

 Os duros combates no Vale Shah-e-Kot

Najaf - Iraque

Najaf o grande teste urbano do US Army

Em janeiro de 2003 dois navios da USNS, o USNS Dahl e USNS Bob Hope, são destacados para transportarem cargas que incluem helicópteros Blackhawk, Apache, Helicópteros de Kiowa e de Chinnook e uma variedade de veículos sobre rodas. Juntos, os dois navios, têm uma capacidade de mais de 600.000 pés quadrados da carga militar. Em 27 de fevereiro de 2003, 10 aviões civis de passageiros se preparam para transportar de Fort Campbell os primeiros elementos da 101ª numa ponte área dos EUA para o Kuwait. Esses elementos chegam ao Kuwait em 28 de fevereiro de 2003.

Pouco depois a 101ª foi envolvida na Operação Iraqui Freedom. A divisão fazia parte do V Corpo.  A 101ª participou no Iraque em 2003 de vários combate. Muitos dos seus soldados eram veteranos da ofensiva militar contra o Talebã e a Al-Qaeda

A 101ª recebeu a missão de tomar a cidade de Najaf e enviou para lá o seu 1st Brigade Combat Team, “BASTOGNE”. Localiza-se no centro do país, perto do rio Eufrates. Tem cerca de 609 mil habitantes. Foi fundada no século VIII. A cidade de Najaf era importante tanto política, quanto estrategicamente, devido aos seus locais sagrados, a sua grande população, de maioria xiita, e sua posição ao longo do Rio Eufrates, onde existiam várias pontes.

A luta envolveria a destruição de força convencionais de Saddam e de forças irregulares iraquianas, os Fedayeen. Em volta das ações em Najaf existia o mito de que as forças americanas não conseguiam ser bem sucedidas em combates em centros urbanos, e que portanto naquela cidade eles seriam massacrados, numa escala maior do que em Morgadiso em 1993. Na verdade para os militares americanos, Najaf seria o campo de teste para todas as demais ações contra cidades iraquianas dali para frente, incluindo Karbala e Bagdá.

Por isso um tropa experiente e altamente treinada deveria ser usada na operação, e o 1st BCT, foi escolhido. Os combates duraram duas semanas (29 de março a 8 de abril de 2003), em que os soldados da 101ª demonstraram o valor da doutrina americana de combate urbano e a agilidade do soldado americano. O 1st BCT lutou como parte de uma força conjunta, em que lançaram mão desde o combate de infantaria, passando pela força dos blindados e da artilharia pesada, até a ação dos caças da coalizão. O resultado foi a destruição das forças inimigas em Najaf e proteção e conservação de locais sagrados críticos e a preservação dos habitantes locais. A forma como se combateu em Najaf delineou a forma de combates urbanos futuros Exército dos EUA.

Karbala - Iraque

Karbala, a última grande barreira antes de Bagdá

Após os combates em Najaf a a 101ª divisão aerotransportada do Exército norte-americano atacou de assalto Karbala (centro do Iraque), tida como o último bastião antes de Bagdá. A 2nd BCT 101st Airborne Division (Air Assault) (The “STRIKE” Brigade) foi encarregada do assalto. No total o 2nd BCT consistia em 10 batalhões. O plano de conquista da cidade requeria o envio de um combóio do assalto por terra (28 tanques M1 Abrams e 16 veículos blindados M2 Bradley, mais infantaria ) que se moveria pela Estrada 9 e um assalto aéreo simultâneo em torno do al Kifl em três LZs em torno da cidade. Para a operação em Karbala a cidade foi dividida em 4 zonas e subdividida então em 30 setores separados. 

O assalto começou no dia 05 de abril de 2003 às 11:00, quando unidades da aviação e da artilharia deram sustentação ao assalto. Caças da Coalizão usaram bombas JDAM contra os arsernais dos paramilitares iraquianos. Depois do bombardeiro 23 helicópteros UH-60 Black Hawks e 5  CH-47 Chinooks, apoiados por Apaches, da 101ª brigada da aviação militar, transportaram três batalhões da infantaria (um total de 731 soldados) do 502nd para suas zonas respectivas da aterrizagem em torno da cidade. 

Lá os soldados começaram a eliminar bolsões de resistência. Os helicópteros voavam à baixa atitude sem qualquer problema e as tropas de infantaria estão a cercar Karbala completamente antes de atacá-la. Paramilitares (a maioria deles originários da Síria) disparam rifles e lançaram granadas dos topos das casas. As forças norte-americanas responderam usando ataques dos helicópteros, artilharia e armas pesadas, calando o inimigo. Em poucas horas a maioria dos setores estavam dominados. Pontos fortes do Partido Ba'ath, pró-Saddam, foram estourados, lá dentro havia muitos mantimentos, como sacos de arroz e farinha. Muitas escolas foram transformadas em pontos de resistência dos paramlitares.

A 101ª se encarregou das operações em Karbala liberando a 3ª Divisão de Infantaria dos EUA para a conquista de Bagdá. Karbala que fica a 110 quilômetros a sudoeste de Bagdá caiu depois de apenas algumas horas de combate. Karbala foi considerada livre de elementos subversivos e julgada segura por volta das 17:00 do dia 06 de abril de 2003. aproximadamente às 17:30 deste dia a estátua de Saddam Hussein foi tombada, com a ajuda de elementos do 2-70 batalhão blindado americano e populares, simbolizando o fim de uma era. Embora a BCT tenha partido de no dia 07 abril, remanescentes do 1-502 batalhão permaneceram na cidade até 10 abril operando ao lado de homens da 82ª Divisão Airborne. Após estas ações a 101ª foi enviada para Musul no norte do Iraque para a realização de patrulhas e ações de pacificação. Homens da 101ª também participaram ao lado de operadores da Força Delta, do cerco e eliminação dos dois filhos de Saddam, Uday e Qusay. A 101ª foi retirada do Iraque em 2004, para descanso e reaparelhamento.

Capacidade completa

Desde de 15 de março de 2005 a 101ª possui quatro Brigade Combat Team (BCT), dois Aviation BCT e um Support UA. Uma grande transformação foi o estabelecimento da 101ª Brigada de Aviação em uma unidade estritamente de helicópteros de ataque, enquanto a 159ª Brigada de Avião se transformou puramente em uma unidade de helicópteros de assalto. Diversas das companhias da aviação sob as ordens da 101ª e da 159ª têm sido transformadas para criar uma estrutura modular de uma nova brigada.

Hoje a grande reestruturação da 101ª Divisão se completou. Como a parte da transformação modular do Exército dos EUA, as brigadas de infantaria, a brigada de artilharia, e as brigadas existentes da aviação foram transformados, com a adição da reativação da 4ª Brigada de Equipe de Combate, conhecida por "Currahee". As brigadas da aviação estão agora compostas de um batalhão de ataque, um batalhão de assalto, um esquadrão de cavalaria, um batalhão geral de aviação de sustentação, e um batalhão de sustentação da aviação. Desde forma a 101ª conta com 6-7 unidades maiores, sendo uma das maiores divisões do Exército do EUA. A 101ª possui cerca de 20.000 soldados e a divisão está equipada com quase 280 helicópteros divididos em três categorias: os AH-64 Apache de ataque, os CH-47 Chinook e os UH-60 Blackhawks de transporte de tropas, e os OH-58 Delta Kiowa Warrior de reconhecimento. A 101ª possui uma mobilidade estratégica e tática sem comparação. Em duas horas, a unidade pode deslocar 5 mil homens em até 250 quilômetros.

AH - 64 Apache
O moderno helicóptero de ataque é utilizado por quase todas as unidades da 101 Airborne. Com velocidade máxima de 362 km/h, o AH-64 Apache é geralmente munido de mísseis e de um canhão automático. 

UH-60 Black Hawk
O principal helicóptero de combate dos Estados Unidos atinge velocidade máxima de cerca de 290 km/h. Sua blindagem o torna resistente a tiros de curta distância. 
 

CH-47 Chinook
O helicóptero, já veterano na força aérea americana, é capaz de transportar oito toneladas e atinge velocidade máxima de 240 km/h.

OH-58D

Oh-58 Kiowa é um helicóptero de um motor e dois lugares e tem como missões primárias o reconhecimento armado e recolhimento de inteligência. Existem vários modelos a serviço do Us Army. O OH-58D que serve na 101ª tem a missão de aquisição de alvos e designação laser. Normalmente operam em conjunto com os AH-64 Apache. Estão adaptados para usaram armamento ar-ar e ar-terra.

A Ordem de Batalha da 101ª hoje:

  • 1st Brigade Combat Team ("Bastogne")

    • HHC, 1st BCT ("Warriors")

    • 1-327th Infantry Regiment ("Above the Rest")

    • 2-327th Infantry Regiment ("No Slack")

    • 3-327th Reconnaissance Squadron (RSTA) ("Battle Force")

    • 2-320th Field Artillery Battalion ("Balls of the Eagles")

    • 326th Brigade Troops Battalion

    • 426th Brigade Support Battalion ("Taskmasters")

  • 2d Brigade Combat Team ("Strike")

    • HHC, 2d BCT

    • 1-502d Infantry Regiment ("First Strike")

    • 2-502d Infantry Regiment ("Strike Force")

    • 3-502d Reconnaissance Squadron (RSTA) ("Widowmakers")

    • 1-320th Field Artillery Battalion ("Top Guns")

    • 311th Brigade Troops Battalion ("Team")

    • 526th Brigade Support Battalion ("Best By Performance")

  • 3d Brigade Combat Team ("Rakkasans")

    • HHC, 3d BCT

    • 1-187th Infantry Regiment ("Leader Rakkasans")

    • 2-187th Infantry Regiment ("Raider Rakkasans")

    • 3-187th Reconnaissance Squadron (RSTA) ("Iron Rakkasans")

    • 3-320th Field Artillery Battalion ("Red Knight")

    • 381st Brigade Troops Battalion

    • 626th Brigade Support Battalion ("Assurgam")

  • 4th Brigade Combat Team ("Currahee")

    • HHC, 4th BCT

    • 1-506th Infantry Regiment

    • 2-506th Infantry Regiment

    • 3d Reconnaissance Squadron (RSTA)AKA 1st of the 51st Cavalry Regiment

    • 4-320th Field Artillery Battalion

    • 4th Brigade Troops Battalion

    • 801st Brigade Support Battalion

  • 101st Aviation Brigade ("Wings of Destiny")

    • HHC, 101st Aviation Brigade

    • 2-17 Air Cavalry Squadron ("Out Front")

    • 1-101st Aviation Battalion ("Expect No Mercy")

    • 2-101st Aviation Battalion ("Eagle Warrior")

    • 5-101st Aviation Battalion ("Eagle Assault")

    • 6-101st Aviation Battalion ("Pathfinder")

    • 8-101st Aviation Battalion ("Troubleshooters")

  • 159th Aviation Brigade ("Eagle Thunder")

    • HHC, 159th Aviation Brigade

    • 1-17th Air Cavalry Squadron

    • 3-101st Aviation Battalion ("Eagle Attack")

    • 4-101st Aviation Battalion ("Wings of the Eagles")

    • 7-101st General Support Aviation Battalion (GSAB) ("Eagle Lift")

    • 9-101st Aviation Battalion ("Eagle Strike")

  • 101st Sustainment Brigade ("Life Liners")

    • DMMC

    • 63d Chemical Company

    • 106th Transportation Battalion

    • 372d TC Company

    • 594th TC Company

    • 613th MCT

    • 632d MCT

    • 129th Combat Support Battalion

    • 494th TC Company

    • 561st Combat Support Battalion

    • 95th Maint

    • 102d Quartermaster Company

    • 196th Quartermaster Detachment

    • 227th GS Company

    • 541st TC Company

    • 584th Maintenance Company

    • 717th EOD Detachment

    • 101st Sustainment Brigade Troops Battalion

    • 101st SSB

  • 2-44th Air Defense Artillery Battalion ("Strike Fear")

  • 887th Engineer Company (LE) ("Empire")

  • 86th CSH

O futuro da 101ª?

 


 

Diferenças entre a 101ª Aeroterrestre e a 82ª Aeroterrestre

 

Os pára-quedistas normalmente recebem missões como tomar pontes, assegurar aeródromos, capturar campos de petróleo, pontos de interseção, etc. Muitas dessas missões necessitam de unidades mais pesadas, inclusive com tanques e blindados leves, e aviões de transporte podem levá-las.

 

Sua potencialidade de assalto por meio de saltos de pára-quedas significa que podem ser desdobradas para qualquer lugar dentro do alcance do transporte aéreo em uma questão de horas (a 82ª pode fazer isto em apenas 18 horas) sem a necessidade de uma base aérea aliada no teatro de operações. Entretanto, a substituição e/ou o apoio por formações de tropas terrestres mais pesadas, se faz necessário em uma questão de dias, porque as tropas aerotransportadas não são auto-sustentadas por muito tempo e não contam com um grande apoio logístico como as grandes unidades regulares do exército.

 

Os pára-quedistas da 82ª são ideais quando se necessita projetar tropas em áreas críticas com o máximo de rapidez e o mínimo de apoio. Tropas de pára-quedistas podem ser usadas rapidamente como forças de intervenção partindo da Europa para a África, ou para o Oriente Médio.

 

A 101ª, que é uma unidade essencialmente helitransportada, recebe missões contra alvos similares aos designados a 82ª, mas em uma escala menor. Normalmente podem avançar umas 100 milhas, por exemplo, transportando com helicópteros de 4.000 a 5.000 soldados, inclusive levando também artilharia, sistemas antitanques, antiaéreos, Humvees. Normalmente para esses grandes deslocamentos a 101ª usa os helicópteros Chinook. Uma vez que estabeleceram uma base forte podem então mover-se outra vez, como "saltos de rã", indo para uma outra, usando apenas seus helicópteros e movendo-se outra vez. Podem fazer isto para a frente e para trás, sobre o campo de batalha, dependendo da situação. O que dá grande mobilidade ao comandante do teatro de operações.

 

Exceto pela questão do deslocamento, ambas as unidades combatem de forma igual. Hoje em dia as divisões de infantaria do Exército dos EUA lutam de forma muito integrada através de suas Brigade Combat Teams, que podem ser apoiadas por tanques, blindados, helicópteros de ataque e helicópteros de transporte leve e pesado, independente se as unidades que usam essas armas fazem partem da ordem de batalha ou não, da divisão que as usa.

 

Na teoria a 82ª poder ser projetada a nível global, devido a autonomia dos aviões de transportes tais como o C-141 e os modernos C-17. Porém grandes saltos de pára-quedistas não são nada comum hoje em dia, e depois da Segunda Guerra a 82ª fez poucos destes saltos. Isto porque com o avanços da tecnologia, os caças e a antiaérea do inimigo ficaram mais letais, e os aviões de transporte ficam muito vulneráveis. Então melhor é colocar a tropa o mais perto possível do objetivo e lançá-la de pára-quedas, em dotações menores, ou de helicópteros, o que a 101ª pode fazer perfeitamente. Porém quando bases próximas ao objetivo são inexistentes ou negadas, como no caso da Turquia, que negou seus campos de pouso aos americanos na invasão do Iraque em 2003, e diante da possibilidade da negação da Arábia Saudita de seus aeródromos, o uso dos pára-quedistas da 82ª é uma necessidade.

 

 


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Assunto: 101ª Divisão