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TROPAS - MOBILIDADE


 

A mobilidade é uma das características mais antigas do SAS e data da Segunda Guerra Mundial.  Na verdade o SAS ficou famoso por seus ataques usando jeeps artilhados na África do Norte e na Europa. Estes veículos deram para a unidade mais independência, velocidade, mobilidade e potência de fogo. 

Esta tropas é responsável em cada esquadrão pela mobilidade em terra dos operadores do SAS e também pela infiltração e exfiltração de equipes em território inimigo. Além disso são responsáveis por missões reconhecimento de longo alcance, coisa que o antigo Long Range Desert Group (LRDG) fazia na Segunda Guerra Mundial. Essa tropa também pode realizar os famosos ataques com carros armados na retaguarda inimiga que ficaram famosos com o pessoal de David Stirling contra os aeródromos de Rommel. Todos os seus membros são motoristas experientes, e direção ofensiva e defensiva. Inclusive eles estão aptos a desenvolveram perseguições em alto velocidade. 

O principal veículo usado pela tropa é o Land Rover 110 4x4. Os Land Rovers foram adotados pelo 22 SAS desde a década de 1950. O modelo 110 pode ser armado com metralhadores GPMG, .50 e lançadores de granadas de 40mm Mark 19. O Land Rover é confiável, extremamente robusto e capaz enfrentar a maioria dos terrenos em que o SAS pode operar, transportando homens, armas e suprimentos. O SAS também está usando o Land Rover 90, que é menor que o 110.

Além dos Land Rovers, esta tropas usa motocicletas KTM 350 e Honda 250 e caminhões Unimomg. Todos os membros tem conhecimento acima da média sobre mecânica de autos, para manutenções básicas e de emergência. Eles aprendem sobre mecânica com os Reais Engenheiros Elétricos e Mecânicos - REME (Royal Electrical and Mechanical Engineers). Normalmente essa tropa treina nos Emirados Árabes Unidos e nos desertos da África do Norte para adquirir a capacidade de operar em qualquer terreno.

Entre as novidades a nível de veículos que o SAS está testando, está o Light Um LSV entrando em um Chinook. Strike Vehicle - LSV, que são veículos leves de reconhecimento extremamente versáteis. Atualmente estão sendo usados e testados também pela 24 Airmobile Brigade. O LSV é um veículo de dois lugares que apresenta um baixo perfil e pode ser transportado por um helicóptero Chinook tanto interna, como externamente. Ele se desenvolve bem em qualquer terreno, inclusive em dunas do deserto.

Características do LSV:

Peso: 1.280kg.

Cumprimento: 4.16m

Largura: 1.73m

Altura: 1.6m

Distância do solo: 0.34m

Velocidade máxima: 130 km/h

Alcance: 531 km

Capacidade de combustível: 75 litros.

Armamentos: Metralhadoras GMPM, .50, Lançadores de Granadas Mk-19 de 40mm e mísseis TOW.

Land Rover Pink Panther

Um dos veículos mais "pitorescos" usados pelo SAS é o famoso Land Rover Pink Panther ou Pantera Cor-de-Rosa. Logicamente o que chama mais a atenção é a cor do veículo que lhe dá o nome. Mas a cor não ten nada a Caminhão do LRDG pintado de rosa.haver com preferências. Descobriu-se que essa pigmentação muito parecida com a cor rosa, era excelente para ser usada no deserto pois tem uma baixa visibilidade neste ambiente e ajuda a camuflar o veículo. Ela foi usada pelo LRDG em suas operações no Norte da África durante a Segunda Guerra Mundial.

O Pink Panther é um veículo de longe alcance para operações no deserto usado pelo SAS. Ele foi criado pela Marshall Specialist Vehicles de Cambridge para o Exército britânico. Até 1996 foram fabricados cerca de 76 destes veículos.

O  Land Rover Pink Panther tem pneus de areia, um estepe colocado bem na frente do veículo e não tem portas. Este Land Rover está armado com metralhadoras e carrega galões de gasolina e mantimentos, tudo acomodado para manter o perfil do veículo o mais baixo possível. Ele ainda possui algumas placas blindadas e leva uma tripulação de 3 homens. 

Um dos lugares em que a Tropa de Mobilidade do SAS foi mais empregado foi no Iraque. Tanto na Guerra do Golfo em 1991 quanto na Guerra do Iraque em 2003. Em 1991 o SAS forma as Colunas Móveis de Combate. Essas colunas foram formadas pelo SAS com o objetivo de levar a cabo a procura e destruição dos Scuds e seus lançadores. Elas tinham um potência de fogo considerável e podiam destruir quase tudo. Com essas colunas se movendo atrás de suas linhas os iraquianos eram forçados a desdobrar uma grande quantidade de forças para caçá-las.

Quatro Colunas Móveis de Combate foram formadas, duas com pessoal  do Esquadrão A e duas com o pessoal do Esquadrão D. As colunas treinaram antes de entrarem no Iraque no Emirados Árabes Unidos.

Cada coluna tinha cerca de 30 homens e 12 veículos. Os veículos eram: um caminhão de suporte Unimog, fabricado pela Mercedes, que levaria a maioria das cargas como combustível, água, munição, equipamento de proteção NBC, peças sobressalentes e outras coisas; de oito a dez 110 Land Rovers, cada qual armado com metralhadoras Browning .50, GPMGs, lançadores de granada M19 de 40 mm lançadores de mísseis antitanque Milan, lançadores de mísseis antiaéreos Stinger e LAWs, cada Land Rover levava de três (comandante, motorista e artilheiro) a quatro homens, além de mantimentos e equipamentos; e duas motos. As colunas se moviam a noite e descansavam durante o dia, em posições seguras e camufladas. Os homens normalmente estavam armados com pistolas 9 mm, fuzis M-16, muitos com lançadores de granada M230, SLR, rifles L96A e submetralhadoras.

As equipes do SAS foram equipadas com os designadores de alvos a laser, para o uso na iluminação de alvos iraquianos em terra para a realização de ataques por aviões da Coalizão. Deve-se destacar que o pessoal do SAS foi obrigado a levar pílulas contra agentes anti-nervo, porém em alguns casos parece que este procedimento não foi adotado. 

Às equipes do SAS foi requisitado que não atacassem simplesmente todos os alvos de oportunidade. Dado a fragilidade da Coalizão, foram enfatizados fatores políticos. 

Com tantas equipes operando no interior do Iraque se fazia necessário o seu reabastecimento. Não era operacionalmente viável que cada uma voltasse a Arábia Saudita para se reabastecer e voltar. Por isso foi criada uma formação temporária, o Esquadrão E, com a missão de abastecer as colunas do SAS em pleno Iraque. Foi formado um comboio com dez caminhões, fortemente escoltados por Land Rovers armados que se moveram para um ponto de encontro a mais de 139 km dentro do Iraque onde seriam encontradas as Colunas Móveis de Combate. 

 

Partindo da Arábia Saudita no dia 10 de fevereiro pela, a coluna alcançou o ponto de encontro por volta das 15:00 do dia 12. O ponto de encontro se tornou uma colméia de atividade. Armas e veículos foram consertados ou reparados, prisioneiros foram entregues e reuniões de planejamento foram realizadas. O Esquadrão voltou para a Arábia Saudita no dia 17 de fevereiro e logo depois deixou de existir.

 

 


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Assunto: UK_SAS_TROPAS-MOBILIDADE