OPERAÇÃO TONGA

NORMANDIA - FRANÇA 1944

PONTE PEGASUS


Em abril de 1944 a 6º divisão Aerotransportada britânica levou a cabo vários exercícios, projetados por General Gale para determinar qual a unidade que seria usada para capturar as pontes sobre o canal de Caen e do rio Orne. A característica central desta série de operações era um exercício de três dias nomeado Operação Deadstick. Embora os soldados não conhecessem isto na ocasião eles estavam levando a cabo uma réplica quase exata do que eles estariam fazendo dois meses depois na Normandia. A operação foi um sucesso inequívoco, e uma Companhia em particular muito impressionou o General Gale.

Era a Companhia D do 2º Batalhão de Ox & Bucks, que era comandada pelo Major John Howard, que nos exercícios  tinha conseguido capturar duas pontes intactas depois de uma aterrizagem de planadores. Gale apelidou a Companhia D de "The Bridge Prangers" e assim tinha-se escolhido o grupo de homens que tomariam a ponte Pegasus.

Major Howard

Major Howard.

Depois do sucesso da Operação Deadstick, o Major Howard ficou sabendo do plano de tomar duas pontes na Normandia. Ele ficou muito honrado e orgulhoso, mas o problema era que ele não podia contar para ninguém nem mesmo para Brian Priday seu segundo-em-comando. Porém Priday e os outros homens continuaram o seu duro treinamento e obtendo êxito.

Howard passou a ter vários privilégios era só pedir transportes e caminhões para os levar a qualquer lugar da Inglaterra para treinamento que ele era atendido. Além disso, depois de um duro exercício, às vezes de até cinco dias de duração, a Companhia D podia tirar o próximo dia de folga, uma prática desconhecida no Exército britânico. Isto uniu muito os homens e os fez cada vez mais fieis ao seu comandante. Howard tinha sido um soldado regular e tinha subido de posto, ele entendia a mentalidade do soldado. Os dias de folga depois de exercícios muito duros manteve o nível de moral entre a tropa de ele tanto precisaria nos alguns meses depois. Os seus soldados tinham estado na Inglaterra durante dois anos enquanto a guerra em terra acontecia além mar. O enfado era um problema grande entre os soldados na Inglaterra e manter o moral alto era essencial.

O Major John Howard conseguiu manter as suas tropas com o moral alto, feliz e ajustada em sua missão. A Companhia D também se ocupava muito com a prática de esportes todas as manhãs, e corriam cerca de cinco milhas todas as manhãs antes do.Muito tempo era gastado em exercícios, uma corrida era feita após o jantar. Esse corrida era feita através dos campos de futebol americano até o horário de dormir. Os homens não tiveram nenhum tempo livre para se sentar ao redor e ficarem enfadados.

O Major Howard também insistiu que todos os homens praticassem esporte, inclusive todos os oficiais, inclusive ele. Isto criou um sentimento de unidade na Companhia D. Todos se sentiam cansados e todos adquiriram bolhas, assim o espírito de corpo e moral dentro de Companhia de D eram soberbos como também toda a aptidão física e tática. Eram por todas estas estas qualidades que o General Gale estava convencido que escolheu a unidade certa para uma das mais importantes missões do Dia D.

Ao término de abril, a Companhia D foi aumentada de quatro pelotões para seis (cada um seria transportado por um planador) e além disso foi anexada uma tropas de Engenheiros Reais (cinco por planador). Eles estavam agora prontos para o treinamento final antes da ação real. Todos os exercícios envolviam o enredo da captura de duas pontes intactas e assim os homens começaram a perceber a a importância do que eles estavam fazendo. O exercício final no meio de maio fi realizado em nos arredores de Exeter onde haviam duas pontes separadas por um quilômetro.

Howard tinha organizado este treinamento e tinha escolhido na Inglaterra um lugar o mais parecido possível com a Normandia. A Companhia D praticou a tomada destas pontes de dia e de noite durante quatro dias diretos até que eles tinham dominado a arte.

Em fim de maio, Howard transferiu a Companhia D para a base da RAF de Tarrant Rushton onde ele informou os seus homens sobre a sua missão na Normandia. A invasão foi marcada para pouco mais  de  duas semanas e assim Howard deixou os seus homens a respeito do fato de que eles seriam a força de elite da ponta-de-lança da Invasão Aliada da Europa.

Os homens eram soberbos, depois de terem passado na Inglaterra tanto tempo, agora eles tinham a chance de finalmente entrarem em ação. Diante destas novas informações o sendo de camaradagem dentro da Companhia D se tornou mais forte.

Até quem enfim chegou a hora da verdade. Às 22:56h do dia 5 de junho de 1944 o Major Howard se sentou no planador de madeira Horsa 91 chamado de "Able", que logo depois iniciou a sua carreira arrastador por um bombardeiro Halifax. No momento em que o Horsa sai do chão todos a bordo sabem que não haverá volta. A invasão tinha começado. Atrás deles iam outros 5 planadores, todos se dirigindo para perto da zona de desembarque britânica, chamada Sword. Era uma noite chuvosa e ventava, mas, iluminada, aqui e ali, por rasgos de luar; uma noite muito perturbada pêlos roncos de aviões, milhares de bombardeiros, transportes, rebocadores e seus planadores que enchiam os céus do Canal desde Havre até Cherburgo. Lá embaixo, as trilhas de 5.000 navios abriam no bronze do mar, sulcos verde-braneos de espuma.

E assim se inicia a Operação Tonga, que consistia no desembarque aeroterrestre da 3ª e 5ª Brigada da 6ª Divisão Aerotransportada britânica. A missão de Howard era tomar as pontes sobre o canal de Caen (ponte Pegasus) e do rio Orne (ponte de Horsa), em Bénouville e  Raville respectivamente.

Os seis planadores transportaram a Companhia D (139 homens) do 2º Batalhão de Ox & Bucks (Oxfordshire and Buckinghamshire Light Infantry) e 30 homens do Royal Engineers of the 249th Field Company (249ª Companhia de Campo, Engenheiros Reais). Tres planadores, denominados Horsa 91,92 e 93 teriam que aterrissar próximo ao canal de Caen e os outros três, Horsa 94, 95 e 96, teriam que aterrissar próximos ao Ranville.

A Companhia D do 2º de Ox & Bucks foi a primeira a entrar em combate em solo europeu no Dia-D. Sendo atribuída a ela a primeira baixa alemã da invasão aliada. Sua ação foi muito bem planejada e executada. Foi uma das mais bem sucedidas missões que foram realizadas no Dia-D. sa 00:08 o piloto do Halifax indicou ao Sargento Jim Walwork, piloto do Horsa 91 (o seu navegador era o Sargento John Ainsworth), que eles estavam sobre a cidade de Cabourg, que os planadores seriam soltos, e a partir de agora estariam sós, e não se ouviriam mais o ruído dos motores e teriam a escuridão da noite por companheira.

Neste exato momento se inicia a rota de aproximação da ponte Euston 1 (Pegasus), que podia muito bem ser reconhecida a direita de Howard.O Major estava sentado a frente da porta e atrás dos pilotos se levantou para ver a silhueta da ponte.  Jim Walkorrk diz a Howard para que se prepare para a aterrissagem, e inicia os os giros a direita para a aproximação final do Horsa 91 a uma velocidade elevada devido o seu peso.

As aterrizagens com os planadores Horsa eram sempre violentas

Howard ordena que se abram as portas do planador e que todos se preparem para aterrissagem. Os soldados juntam seus braços e levantam seus pés como haviam treinado antes. O silencio só era quebrado por um sonido no ar, as sombras dentro do planador não permitiam que se vissem os rostos de preocupação dos soldados.

Como será a aterrissagem? Será que bateremos contra algo? O que acontecerá com os explosivos que carregamos? Era muitas as perguntas  que passavam pela cabeça dos homens do Tenente Den Brotheridge, que estava no comando do 1º Pelotão. Jim Walkorrk levanta o punho com o dedo polegar para o alto, era a senha, menos de um minuto para a aterrissagem. Todos os músculos dos soldados se retesaram esperando a aterrissagem.

Às 00:15h o Horsa 91 pousa, os pára-quedas de frenagem se abrem e o trem de aterrissagem depois do primeiro impacto se rompe, de novo outro impacto, ruídos de coisas se quebrando, os homens se agarram mas forte, de repente o planador para de deslizar e pára com um golpe seco. Havia se chocado contra um alambrado que protegia o lado oeste da ponte Pegasus. Jim Walkorrk, conseguiu deixar os homens do 1º Pelotão a menos de 50 metros da ponte. A aterrissagem foi um êxito. Eram 00:16h horas.

As tropas em terra iniciam o seu ataque, enquanto um planador ainda se prepara para aterrizar.

Howard depois de se recobrar da aterrissagem ordena ao Tenente Brotheridge que ponha seus homens em movimento. Brotheridge ordena ao sargento Bailey que limpe com três homens uma trincheira do lado oeste ao sul da ponte e ordenou ao Cabo Parr que fizesse o mesmo com outra posição defensiva que estava situada do outro lado da estrada a oeste da ponte. O resto dos homens deveria se dirigir com todo presa para tentar cruzar a ponte e assegurar o outro lado da mesma. É nesse momento que o Horsa 92 "Baker" seguindo os passos do 91 aterrissa justo a sua direita, de dentro do 92 saem o Tenente Woods com seus homens e se encaminham rapidamente para a posição do Horsa 91 a sua esquerda para se encontrarem com Howard. O Major informa a Woods que o plano seguirá como planejado e que ele e seus homens devem ir rapidamente reforçar Brotheridge em suas posições do lado oeste da ponte e assim este podia culminar o assalto ao outro extremo.

A ponte Pegasus e seus arredores

O fogo de três metralhadoras MG-42 era muito intenso. Duas dessas metralhadoras defendiam o lado oeste da ponte, ali se encontravam os Cafés Picot e Gondre e a outra mais um canhão de 5cm defendiam o lado leste da ponte, de onde se encontrava a Zona de Aterrissagem dos planadores. no exato momento em que Howard estava dando as ordens para Woods, eles foram sobressaltados por um forte ruído, era o terceiro Horsa, chamado de "Charley", que aterrizava a direita de Woods. Nele vinha o Tenente Smith e sua terceira seção. A aterrizagem do Horsa 93 foi brutal. O Major Howard ordenou a Woods que continuasse com a sua missão, enquanto ele e alguns homens iam ajudar o Tenente Smith. Pouco depois chegaram os planadores Horsa 92 e 93.

Pára-quedista britânico

Soldado da força de planadores do Ox and Bucks, armado com seu fuzil Lee Enfield nº 4 Mark I 7,7 mm.

O Sargento Parr atacou granadas as posições defensivas do lado leste da ponte. O Tenente Brotheridge foi o primeiro a pisar na ponte e iniciar o assalto contra o outro extremo. Atrás dele, o resto da sua seção o seguia determinada. Neste momento os sapadores da 249ª Campanhia, com o lado leste assegurado, buscavam cargas de demolição na ponte. Os alemães tinham preparado a ponte para a demolição mas, temendo uma explosão acidental ou uma sabotagem pela Resistência francesa, não tinham colocado as cargas. No outro lado os alemães, aturdidos pelas sombras e o barulho, abriram fogo com suas MGs. Brotherigde é atingido mortalmente na garganta, se tornando a primeira baixa britânica em conseqüência da ação inimiga no Dia-D. O seu ordenança, Gray, lança várias granadas contra a posição alemã, calando-a e ele observa como do Café Picot começaram a sair mais alemães. Gray ordena a seus homens que disparem contra eles e neutralizem a outra MG que disparara do outro lado da estrada ao lado do Café Gondre. Os homens do 1º Pelotão rodeiam o Café e tomam posição atrás dele. A posição foi abandonada pelo alemães ao acabar a sua munição.  Às 00:30h a ponte está tomada. Foram 15 minutos de intenso combate, desde a chegado do Horsa "Able".

 

Porém a leste da ponte Euston 1 (Pegasus) se encontrava a ponte Euston II (Horsa) sobre o rio Orne, de onde deviam aterrizar os planadores Horsa 94, 95,96 para sua captura. O Horsa 94 se perdeu na aproximação e aterrizou cerca de 13 Km do seu objetivo. Os planadores 95 e 96 aterrizaram ao norte da ponte. A guarnição alemão desta ponte foi alertada pela troca de tiros e as explosões na Pegasus, mas sua capacidade de defesa era bem limitada e praticamente se resumia a uma posição de metralhadora. Os alemães disparou algumas rajadas sem precisão contra os pára-quedistas britânicos e fugiram logo depois. O 6º Pelotão tomou a ponte praticamente sem nenhuma resistência.

Poucos minutos depois, o 5º Pelotão, que tinha aterrizado a umas 700 jardas perto da Zona da Desembarque, chegou na ponte, sem saber que a mesma já tinha sido conquistada. Os homens atravessaram a ponte esperando receber fogo inimigo, mas em vez disso apareceu o Tenente Fox, comandante do 6º Pelotão. Terminou assim o esforço breve para conquistar a ponte Horsa. 

Às 00:30h Howard ordena que se emita por radio o código "Ham and Jam" que indicava que as pontes haviam sido tomadas com pleno êxito. Ham significava que a ponte do Orne tinha sido capturada, Jam significavaque a ponte do canal tinha sido capturada. Por sua vez Jack e Lard significaram que as pontes respectivas tinham sido capturadas mas tinham sido destruídas.

O primeiro contra-ataque alemão foi realizado por unidades reunidas do 2º Batalhão do 192º Regimento da 21ª Divisão Panzer sob o comando do Major General Edgar Feuchtinger. Tropas britânicas do 7º Batalhão da 6ª Divisão Aerotransportada vieram em apoio aos homens de Howard por volta das 2:30h, e ajudaram a rechaça o ataque dos alemães, que resolveram consolidar suas posições e esperar. Ao sul elementos do 125ª Regimento de Panzergranaderos que avançavam pelo Orne foram rechaçados por armas antitanques britânicas.  O 7.° Batalhão estava em desesperado combate, em ambas as margens do Orne, contra unidades da 761ª Divisão alemã e dois Btls da 21ª Divisão Panzer de Feuchtinger, que pouco depois de l: 00 tinha sido alertada. Uma companhia do 7.°, seriamente pressionada de três lados, em Bénouville, absorveu uma pequena reserva do batalhão, constituída de guarnições de morteiros e metralhadores, que não conseguiam encontrar suas armas, e armou-os com as que foram tomadas aos mortos. Era uma luta contra o tempo, pois os reforços só chegariam no começo da tarde, mas as colossais detonações do bombardeio naval que precedia aos desembarques marítimos davam-lhe ânimo.

O coup de main foi um sucesso completo. Com comparativamente poucas baixas, ambas as pontes tinham sido tomadas apenas quinze minutos. A aterrizagem dos planadores nas curtas Zonas de Desembarque em plena noite foi elogiada pelo mais tarde pelo  Vice-Marechal-do-Arl Leigh-Mallory, comandante das forças aéreas aliadas durante a invasão, como "uma das realizações mais proeminentes do vôo de guerra." 

Uma foto aérea da região da ponte com os Horas ao seu lado

A maioria dos pára-quedistas da 6ª Divisão Aerotransportada britânica saltaram na Normandia 40 minutos mais tarde, uma de suas muitas tarefas era reforçar os defensores nas duas pontes.  Neste ponto o papel do 7º Batalhão do Regimento Pára-quedista freqüentemente negligenciado nesta consideração, porque era a força designada para reforçar os homens de Howard no dia 06 de junho. Os 600 pára-quedistas tiveram um salto confuso e disperso, e muito equipamento e armas se perderam. Apesar de tudo isto o batalhão distinguiu-se em assegurar a cabeça-de-ponte em torno da ponte Pegasus, mesmo diante de constantes ataques de sondagem do inimigo, suportados freqüentemente por veículos blindados. A Companhia A do 7º Batalhão foi a mais atingida, restando apenas 20 homens em condições de combate, ao final do dia. Todos os seus haviam morrido ou estavam feridos, mas ela resistiu tenazmente durante 17 horas.

Tropas aerotransportadas britânicas desembarcam perto da Ponte Pegasus

Os soldados do Horsa 94, inclusive o segundo-em-comando de Howard, Capitão Brian Priday tinham sido dados como mortos. Porém, às 04:00 do Dia D eles se encontraram novamente com Howard e a Companhia D, depois de terem marchado muitas milhas da Zona de Aterrissagem errada deles. Eles tinham perdido só cinco homens e tinham sido envolvidos em vários combates. O fato deles terem conseguido localizar as pontes em plena noite e carregando equipamento pesado deve-se em grande parte ao treinamento e as táticas de Howard, que mantinha sempre elevado o moral de seus homens.

Durante toda a noite  se realizaram várias tentativas de contra-ataques. Por volta das 07:00h elementos do 7º Batalhão de Pára-quedistas britânicos conseguem fazer contato com os homens de Howard  e as 13:00h os homens do Tenente Smith posicionados no lado leste do canal começam a ouvir um som bem familiar. Era a gaita de Hill Millin, gaitero da 1ª Brigada de Serviço Especial britânica comandada por Lord Lovat que se aproximava com seus homens da ponte, vindos da praia Sword. Apesar do fogo de franco-atiradores os homens de Lovat marchavam como se estivessem em um desfile.

Os Comandos, lutando, abriram caminho pela praia em Ouistreham, atingindo a cabeça de ponte do Orne com apenas 2,30 minutos de atraso. Eram exatamente 2 horas quando o Comando n.° 6 cruzou a ponte do Orne para reforçar o 9.° btl. da 3ª Bgda, de Pára-quedistas. O Comando então abriu caminho lutando através dos pontos fortificados inimigos, destruiu uma bateria assestada diretamente contra as praias e marchou 14 quilômetros para o interior.

Ponte sobre o canal de Caen, mais conhecida como a Ponte Pegasus. Onserve um Horsa ao fundo

A famosa Ponte Pegasus.

As 18:30h a missão de Howard havia terminado, pois nesse momento ele passava o controle da ponte para o 2º Batalhão do Royal Warwickshire Regiment, com seus carros de combate, que havia desembarcado nessa mesma manhã na costa da Normandia. Uma operação que poderia ter sido potencialmente tal um desastre foi levada a cabo com precisão surpreendente e cautela, foi  foi um grande sucesso e Howard teve apenas duas baixas, um soldados que morreu na aterrisagem de um dos planadores e o Tenente Den Brotheridge.

Nesta ocasião da substituição os feridos da Companhia A do 7º Batalhão puderam ser retirados. Os homens sob o comando de retornaram para o seu batalhão passando por Ranville, através das linhas alemãs. O Major John Howard em 16 de julho de 1944 recebeu pessoalmente de Montgomery a DSO (Distinguished Service Order) para sua habilidade e liderança nesta ação. A Companhia D permaneceu na França durante quase três meses depois do Dia D.

A Ponte Euston 1 (Pegasus) tinha 42,20m de longitude, 9,70m de altura de largura e um altura de 11m. Ela foi construída em 1934, e se chamava ponte de Bénouville. O nome Pegasus foi dado em hora dos pára-quedistas britânicos depois de sua tomada em junho de 1944. Hoje em dia na nova ponte se conserva um museu da Forças Aerotransportadas britânicas perto de Benoville. A ponte atual, construída em 1993, é uma replica da antigo, porém adaptada para o tráfego pesado. O Café Gondre, está intacto e ainda em funcionamento. A ponte original seria desmontada pelos franceses, mas depois foi vendida aos veteranos de guerra pára-quedistas pelo preço simbólico de uma libra esterlina.

O Major Howard permaneceu no Exército britânico até 1946 e depois foi trabalha no Ministério da Agricultura até 1970. Howard  que nasceu em 8 de dezembro de 1912 morreu em 5 de maio de 1999, com 86 anos.


Planador Horsa

Em Dezembro de 1940 a Companhia Airspeed recebeu do Ministério do Ar inglês uma solicitação para o projeto e produção de um planador capaz de transportar uma carga duas vezes maior que o Waco CG-4A Hadrian, que havia sido criado pelos EUA. O Horsa foi o produto criado pela Airspeed e se transformou num dos maiores sucessos da Segunda Guerra Mundial. O Horsa era capaz de transportar 20-25 homens, ou um veículo leve (jeep), ou ainda um obuseiro "de dorso" de 75 mm, ou um canhão de 57 mm. Era levado para a frente de batalha, rebocado por aviões obsoletos, de outra forma inúteis para o combate. 

Foi usado pela primeira vez na invasão da Sicília, mas veria o seu dia de glória na Invasão da Normandia. Após o pouso, os tripulantes dos Horsas formavam unidades de infantaria especiais, combatendo no solo. 3.655 deles foram construídos. O Mk. II tinha o nariz móvel, para facilitar o embarque de cargas.

O modelo Horsa Mk. I tinha tinha:

  • Envergadura era de 26,8 m

  • Comprimento: 20,40 m

  • Altura de 5,9 m

  • Superfície alar de 102,5 m2.

  • Peso era de 3.800 kg (vazio) e 7.030 (máximo).

  • Velocidade era de 160 km/h (cruzeiro) e 241 km/h (máxima). Sua velocidade de reboque era de 225 km/h e sua velocidade de aterrissagem era de 1110km/h.

  • Possuía dois tripulantes.


2º Batalhão do Oxfordshire and Buckinghamshire Light Infantry

O 2º Batalhão do Oxfordshire and Buckinghamshire Light Infantry (the 52nd) se tornou um batalhão aerotransportado em 1941. Inicialmente estava lotado na 1ª Divisão Aerotransportada e depois na 6ª Divisão Aerotransportada.

Depois do Dia D o 2º Ox & Bucks teve participação nas batalhas defensivas principais em Escoville e em Herouvillette nos dias 7 a 14 de junho de 1944, e depois em Breville por dois meses. E depois avançou para o rio Sena em agosto, após isto o 2º Batalhão foi retirado para a Inglaterra em 1º de setembro de 1944 para descanso e recompletamento.

Durante a Batalha das Ardenas o 2º Oxf & Bucks foi rapidamente enviado para a Bélgica para ajudar contra a maciça ofensiva alemã, que pretendia alcançar Antuérpia, e separar os exércitos britânicos e americanos.. Depois de duras lutas britânicos e americanos barraram o avanço alemão e levaram ao fracasso a ofensiva inimiga.

Em 24 de março de 1945 o Ox & Bucks participou da sua segunda operação aerotransportada, a Operação Varsity. O cruzamento do rio Reno causou cerca de 400 baixas. O 2º Batalhão capturou todos os seus objetivos. A ponte de Hamminkeln no rio Issel, foi capturada depois de uma carga de baioneta realizada por um pelotão liderado pelo Tenente David Rice  que recebeu a MC por esta ação.

O Batalhão avançou pelo Alemanha por cerca de 300 milhas e se encontrou com o russos próximo a Wismar, no Báltico em maio de 1945. A maioria do avanço foi feito a pé e inclui o assalto para cruzar o rio Weser.

A maioria do avanço estava no pé e incluiu um cruzamento oposto do assalto do rio Weser. O 2º Batalhão foi selecionado para fornecer a guarda de honra de General Montgomery na sua reunião com o Marechal Rokossovsky em 7 de maio de 1945 em Wismar.

Após várias reorganizações no Exército britânico o Oxfordshire and Buckinghamshire Light Infantry foi incorporado ao Royal Green Jackets, e este Regimento preserva as tradições e o espírito dos Ox & Bucks.


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Assunto: Ponte Pegasus