SPECIAL AIR SERVICE CAMPANHAS - MALÁSIA Introdução: Depois da 2ª Guerra Mundial o império britânico este envolvido em um série de conflitos pequenos e grandes. Entre esses conflitos estava claramente definida a determinação da Inglaterra em deter a expansão do comunismo. A tomada da China pelos comunistas de Mao levou grande agitação para a Ásia, passando pela Coréia, Vietnam e chegando a Malásia onde a partir de 1948 os comunistas locais iniciaram um conflito contra os britânicos que duraria 12 anos. Antes da invasão japonesa de 1941, a península malaia estava ligada à Grã-Bretanha por um tratado. Em 1940, sua população compunha-se de 2.600.000 malaios, 2.100.000 chineses, 600.000 indianos e alguns milhares de brancos. O Partido Comunista Malaio (PCM), formado da década de 20, organizou-se num exército de resistência em 1942, logo após a conquista japonesa da Malásia. Os comunistas malaios viram a principio, na derrota das potências ocidentais (Inglaterra, Holanda, França) para o Japão, uma oportunidade de libertação. Porém não foi isso que se notou diante da expansão nipônica. Diante disso os movimentos da resistência comunista começaram a surgir. Na Malásia os britânicos tinham criado uma unidade chamada Força 136, nos mesmos moldes do SOE. Esta unidade tinha a missão de organizar grupos guerrilheiros para atacarem os japoneses. Foi através desta unidade que a Grã-Bretanha deu apoio na forma de recursos, treinamento e armas ao Exército Antijaponês do Povo Malaio (EAPM), forma pelo PCM e que era composto por cerca de 5.000 homens.
O EAPM era formado em sua maioria por chineses étnicos, que vinham
principalmente dos guetos chineses que existiam dentro da sociedade malaia.
Apesar de sua origem urbana o EAPM não teve problemas em se adaptar a luta na
selva. Eles conseguiram montar dentro da comunidade chinesa uma eficiente
estrutura de apoio, devido aos laços familiares e da simpatia ou filiação ao
partido comunista. Sendo assim o EAPM tornou-se
uma força eficaz de resistência. Havia muita confusão no movimento comunista sobre a melhor forma de se alcançar o objetivo maior. Alguns achavam que se podia partir direto para uma declaração de independência, outros que se poderia criar uma república de povos malaios com o a sustentação e cooperação de Grã-Bretanha. Enquanto o tempo passava, os comunistas mantinham uma incômoda e forte capacidade militar. A posição dos comunistas se radicalizou em franca oposição aos ingleses depois que eles perceberam que os britânicos buscavam criar a Federação Malaia sem apoiar a hegemonia comunista. Nos dois anos e meio seguintes ao fim da 2ª Guerra Mundial a situação na. Malásia começou a se deteriorar. Os comunistas adquiriram força junto aos sindicatos e outras organizações populares, enquanto os sultões não demonstravam a menor intenção de entrar em acordo com a minoria chinesa, cada vez mais insatisfeita. Os comunistas, sob a liderança de Chin Peng, desenvolveram uma persistente campanha de subversão, se infiltrando em associações comerciais e sindicatos. Começaram também a praticar assassinatos contra fazendeiros, políticos e policiais. O quanto mais o tempo passava mais fortes os comunistas ficavam. Com o assassinato de três plantadores de borracha de Sungei Siput em junho de 1948 e o início de uma campanha de agitação social encetada pelo PCM nos centros urbanos, a luta chegou à esfera militar em julho, pois os comunistas tinham como objetivo impedir a criação da Federação Malaia e a expulsão dos britânicos. O PCM contava com cerca de 3.000 guerrilheiros, do Exército de Libertação dos Povos Malaios (ELPM) foi criado em 1948, que era seu braço militar e que se organizou de acordo com uma estrutura que abrangia desde pelotões até unidades a nível de batalhão e regimento, embora esse último agrupamento fosse claramente incapaz de fazer frente ao seu equivalente do lado britânico. Diante desta ameaça os britânicos declararam em 1948 o estado de emergência na Malásia. E assim esse conflito ficou conhecido como a Emergência na Malásia, ou a Emergência Malaia. No inicio dos anos 50, apenas cinco batalhões britânicos, seis Gurkhas e dois malaios lutavam contra os guerrilheiros. Como as circunstâncias exigiam uma novo tipo de resposta, o SAS foi reativado.
Malayan Scouts
Durante a Emergência na Malásia, o Exército britânico testemunhou o
renascimento do SAS. Licenciados logo após o fim da Segunda Guerra Mundial,
muitos dos especialistas do SAS voltaram ao combate por volta de 1950 quando o
General Sir John Harding, Comandante-em-Chefe das Forças Terrestres do Extremo
Oriente decidiu que ele precisa de conselhos independentes de um perito em
guerra na selva. Ele chamou o Major 'Mad' Mike Calvert, que estava servindo na
ocasião em Hong Kong, que adquiriu experiência considerável em guerra na selva,
quando comandou uma brigada
Calvert foi para aquele país e, depois de trabalhar seis meses com a policia e
unidades do
Exército britânico, concluiu seu relatório. Ele fez doze sugestões,
incluindo a criação de uma força especial contra-revolucionária, que combateria
os rebeldes no coração da selva. Calvert também recebeu autorização para formar
a força especial contra-revolucionária que sugeriu e que recebeu o nome de
Malayan Scouts, porém lhe foi dito que a unidade só existiria enquanto a
emergência durasse e ela estaria sob as ordens do Comando das Forças Terrestres
do Extremo Oriente e nada tinha haver com o SAS do TA que foi formado na
Inglaterra. Calvert foi recrutar voluntários no Extremo Oriente e conseguiu 100 homens que formaram o Esquadrão A. A segunda fonte de voluntários era formada por antigos membros do SAS do tempo da 2ª guerra Mundial e homens do 21 SAS. É bom destacar que em 1950 depois da invasão da Coréia do Sul pela Coréia do Norte, o General MacArthur pediu dois regimentos SAS aos britânicos. Embora a Grã Bretanha estivesse impossibilitada de atender a este pedido, autorizou a criação do Esquadrão Independente M comandado pelo Major Anthony Greville-Bell. O Esquadrão M consistia de voluntários do 21 SAS e da Reserva Z. Até que o esquadrão estivesse operacional a situação na Coréia tinha melhorado a tal ponto que os seus serviços do Esquadrão Independente M não eram mais necessários. Aos voluntários foi oferecido a oportunidade de servir na Malásia com os Malayan Scouts. Aproximadamente 40 homens aceitaram a oferta. todos estes voluntários eram homens altamente experientes que chegaram a Malásia em janeiro de 1951 e formaram o Esquadrão B.
O Esquadrão C veio da Rodésia, resultado de uma seleção de 1.000 homens.
Foi lá que Calvert conheceu o major Peter Walls, que depois tornou-se o
comandante-em-chefe do Exército rodesiano. Independência era
essencial para que os soldados pudessem agir, em pequenos grupos, de acordo com
sua própria iniciativa. Essas unidades foram organizados com a finalidade de
dominar os rebeldes comunistas de Chin Peng.
Ao mesmo tempo, o Tenente-General Sir Harold Briggs foi enviado como Diretor de
Operações para a Malásia. O plano de Briggs incorporou várias pessoas, inclusive
Calvert, e tinha por objetivo interditar os suprimentos dos terroristas
comunistas e sua inteligência negando aos mesmos apoio e liberdade de movimento.
A contribuição de Calvert seria com os Malayan Scouts que poderiam passar longos
períodos na selva para ganhar a confiança dos nativos as tribos aborígines,
controla os movimentos do inimigo e forçá-los a sair do interior da selva para
campo aberto onde o exército regular e polícia lidariam com eles.
Os Malayan Scouts montaram um acampamento base em Kota Tinggi perto de Johore e
o Major John Woodhouse começou um duro programa de treinamento. Nele os
homens tanto usavam armas de pressão como munição real,
e usavam animais como alvo. Inicialmente os Malayan Scouts
levantariam inteligência sob as ordens do Major John Woodhouse. Foi decidido que
pequenas patrulhas de 3 ou 4 homens iriam entrar profundamente na selva. Eles ou
levantariam inteligência ou montariam emboscadas, porém o trabalho mais
importante era a conquista e “corações e mentes” das tribos locais.
Calvert
estava debaixo de muita pressão para apresentar resultados rapidamente. As
notícias de bebedeiras e indisciplinas do Esquadrão A, não ajudavam em nada.
Calvert decidiu inserir patrulhas de 14 homens na selva ao redor de Ipoh onde
ele montou a sua sede operacional. Acompanhado por alguns policiais locais e
pessoal de ligação chinês, eles montaram um acampamento básico temporário
enquanto equipes de 4 homens exploravam a selva e procuravam interditar os
guerrilheiros comunistas na aproximação de rotas conhecidas. Doutrina padrão
dizia que uma patrulha do exército não podia passar mais de 7 dias na selva sob
os risco de extinção, contudo um dos grupos de Calvert ficou na selva durante
103 dias, sendo reabastecido através de helicóptero. Essas patrulhas começaram
um processo diligente de conquista da confiança das tribos locais. Clínicas
médicas, montadas pelo pessoal do SAS, eram vista pela primeira vez nas aldeias
dentro da selva.
Os Malayan Scouts foram renomeados em dezembro de 1951 para 22 SAS, já que
existia um 21 no TA e todos os que não se enquadravam nos novos padrões foram
desligados da unidade.
Calvert voltou para a Inglaterra em novembro de 1951 devido a uma variedade de
doenças e a tensão de 12 anos de guerra contínua. Em 1952 o 22 SAS foi
reconhecido oficialmente como unidade regular do Exército britânico. O novo
oficial comandante do SAS era o Tenente-Coronel John 'Tod' Sloane, do Argyll and
Sutherland Highlander sem conhecimento em forças especiais, porém ele estava
determinado em transformar o SAS em uma verdadeira unidade de elite. Em fins de 1951 e inicio de 1952, o 22 SAS estava apoiando patrulhas da polícia. Sloane também persuadiu vários oficiais para ficarem depois que alguns tinham decidido partir, para que a sua associação a uma unidade tão “fora dos padrões” não viesse a atrapalhar futuras promoções.
Johnny Cooper, um veterano de guerra e um dos ”Originais” de Stirling se uniu ao
22 SAS neste
momento, vindo de uma vida civil, e foi comissionado como tenente para um
serviço militar de tempo curto. Ele chegou a Cingapura no começo de 1952 e foi
colocado como chefe de tropa do Esquadrão B.
Em fevereiro de 1952 a unidade se mudou para o vale de Belum, situado na
província de Kelantan no Norte da Malásia próxima a fronteira com a Tailândia.
Os homens do SAS continuaram treinando e buscando novas formas de lutar na
selva.
Operação Helsby
O SAS desenvolveu operações de penetração profunda na selva em fevereiro de 1952
quando todos os três esquadrões participaram da 'Operação Helsby'. Esta Operação
tinha o objetivo de destruir uma fazenda
inimiga no Vale de Belum perto da fronteira tailandesa, derrotar os terroristas
e destruir a sua base.
Uma força mista composta pelo SAS, Polícia malaia e um Comando dos Royal Marines
(segundo alguns eram homens do SBS) foi montada, com o Esquadrão B sendo lançado
de pára-quedas como uma força bloqueadora até que as patrulhas a pé pudessem
chegar a cena.
Um dos primeiros enfrentados pelo SAS era como chega a determinados pontos da
selva sem ter que passar dias atravessando bambuzais ou pântanos. A melhor forma
era o uso de pára-quedas, visto que os helicópteros ainda eram bem escassos e
era perigoso voar com eles na selva quente e úmida. O problema era como evitar
que os homens ficassem presos nas copas das árvores. Alguns homens infelizmente
quebram seus ossos enquanto outros foram empalados por galhos
pontudos ou bambus. Apesar de danos,
os homens teriam que conseguir alguma maneira segura de descer até o chão da
selva.
Eles conseguiram com os engenheiros militares cordas e pedaços de madeira e
improvisaram um acessório que permitiam que eles descessem das árvores após os
saltos era o 'tree jumping'. Ele
uma espécie de cadeira blindada presa a cerca
de 150ft de corda, com laços de 18 polegadas. Depois de saltar de pára-quedas,
os homens baixavam simplesmente a corda e baixavam a cadeira. Porém saltar sobre
as árvores foi depois proibido devido ao aumento do número de vítimas.
Para ter capacidade em operações aerotransportadas os homens do SAS persuadiram
a RAF a ceder aeronaves para que eles pudessem praticar os seus saltos. Embora
nenhum instrutor de RAF qualificado estivesse disponível, o oficial comandante
da RAF arranjou três Dakotas australianos e um instrutor que foram transferidos
imediatamente quando se descobriu tudo. Os velhos Dakotas levavam 20 homens de
cada vez para fazer os saltos básicos e então praticar o uso do kit de cordas na
selva. Logo depois a Escola de Pára-quedas do Extremo Oriente estava
estabelecida no aeródromo de Changi em Cingapura.
A 'Helsby' começou com uma longa marcha a pé realizada pelos Esquadrões A e C
com destacamentos dos Royal Marines e da polícia local. Como eles se aproximaram
do coração do Vale de Belum onde uns 100 guerrilheiros estavam localizados, 54
membros do Esquadrão B saltaram em uma clareira na selva. A operação alcançou
pouco além de destruir os guerrilheiros que estavam no local.
Operação Hive
Esta operação era uma grande varredura, na selva no estado de Negri Sembilan.
Durou quase dois meses se iniciando em novembro de 1952 e também envolveu uma
companhia de infantaria de Fiji e dois batalhões dos 2/7º Rifles Gurkhas. Seu
objetivo era romper as operações dos guerrilheiros e matar o maior número
possível destes em emboscadas, mas o numero de soldados era insuficiente para
conter as centenas de inimigos na área e o esforço inteiro resultou em apenas 16
terroristas mortos.
Embora estas operações não tivessem muito êxito elas proveram lições
importantes. O desenvolvimento de uma ração de 14 dias permitiu que
destacamentos pequenos operassem de forma independente e a maioria da ração era
desidratada e assim havia pouca necessidade de fogo. Foram testadas novas armas,
inclusive espingardas e a Carabina M1 americana que se tornou a favorita dos
homens.
“Corações e Mentes”
Sloane passou o comando do em 1953 para o Tem. Coronel Oliver Brooke e no fim
daquele ano o Esquadrão C (rodesiano) voltou para o seu país. Esquadrão D foi
formado no local por voluntários e foi comandado no princípio por Johnny Cooper.
Durante este período o resto do SAS se concentrou em construir posições
fortificadas e ganhar a confiança das tribos. Estas ações marcaram o começo do
envolvimento do SAS no principal programa de conquista de “Corações e Mentes”.
Os homens ganharam a confiança dos nativos pois compartilhavam o seu dia-a-dia,
aprendiam o seu idioma e comiam de sua comida. Os homens do SAS proviam cuidados
médicos e sanitários para os nativos além de prover segurança para eles, muitas
vezes transferindo as comunidades nativas para aldeias seguras.
Os homens do SAS também ajudavam para que as lavouras dos nativos fossem
prosperas. Eles faziam tudo isso para conquistar as populações das aldeias e
assim levantar inteligência sobre o inimigo e lhe negar o apoio das comunidades.
Com a ajuda dos nativos era possível identificar as bases ou locais de
armazenamento dos guerrilheiros e destruí-los. A tática da conquista de
“Corações e Mentes” é agora uma parte intrínseca da filosofia operacional do
SAS. A
luta nas selvas da Malásia era muito desagradável e difícil. Os homens levavam
cerca de 27kg em suas mochilas, mais rifles e qualquer outro equipamento
necessário. A umidade era indubitavelmente horrenda e tornava a vida mais
difícil. A selva, que cobria cerca de 75% da Malásia, era composta em muitas
áreas de densos bambuzais e pântanos espessos, infestados de mosquitos e
sanguessugas. Para se locomover nesse ambiente era necessário abrir caminho
cortando o bambu com machados e facões e este não era uma combinação muito boa,
porém necessária para se mover na selva. Esse tipo de movimentação era muito
barulhenta e denunciava a posição da tropa facilmente. Por isso os bambuzais
deviam ser evitados o máximo possível. A movimentação pelos pântanos também era
difícil por causa da água sua e lama. Normalmente só se avançava uns 200m por em
um ambiente como esse. Por isso o movimento devia ser lento e calculado e o mais
silencioso possível, pois na selva densa o inimigo poderia está oculto a poucos
metros. O inimigo podia montar emboscadas ou armadilhas.
Por isso era fundamental evitar trafegar pelas trilhas abertas no meio da
selva. Além dos guerrilheiros, a selva malaia apresentava outros inimigos na
forma de doenças tropicais e de animais selvagens como elefantes, tigres e
serpentes, sem falar nos mosquitos e vespas. Diante de tudo isso os homens do
SAS se mostraram excelentes em técnicas de sobrevivência, e demonstraram isso
contra um inimigo combativo e um ambiente extremamente hostil.
O Regimento sofreu três mortes como resultado de um salto de pára-quedas na
selva em Kedah em janeiro de 1954 durante a Operação Sword. Mas em julho todos
os três Esquadrões operacionais saltaram em Perak com danos mínimos.
Operação
Termite
Esta operação tinha por objetivo tirar das mãos dos guerrilheiros o controle de
uma área considerável do país ao longo da cadeia central de montanhas da Malásia
e estreitar o contato com os nativos. Várias posições fortificadas foram criadas
e as últimas tropas se retiraram em novembro de 1953 e tinham matado 15
inimigos.
Foi considerado que em média na Malásia se levou 1.800 homem-horas de patrulhar
para uma morte. Muito do tempo das operações era gasto simplesmente em
sobreviver, os homens perdiam uma média 10lbs em período de 14 dias. As suas
roupas apodreciam enquanto eram usadas, os ferimentos infeccionavam por causa
dos insetos, os homens podiam pegar algumas doenças e freqüentemente sucumbiram
ao esgotamento físico. Uma dieta diária de tabletes de Paludrine mantinham a
Malária à distância, mas muito tempo era dedicado a retirada de sanguessugas. O
cuidado com as armas era de importância fundamental e o perigo de ataques era
constante.
1955 – Novos tempos
No começo de 1955 Oliver Brooke machucou o tornozelo em um acidente de com
pára-quedas e foi substituído pelo Tem. Coronel George Lea que dispensou vários
oficiais inadequados e se dedicou a melhorar os métodos operacionais do 22 SAS.
Este foi um ano de mudanças e crescimento para o 22 SAS. John Woodhouse voltou
da Inglaterra para comandar o Esquadrão D. Woodhouse reabilitou os princípios da
luta na selva de Calvert. Ele tinha deixado um programa de seleção corretamente
estabelecido em Dering Liensa, em Brecon, Gales. De acordo com David Stirling,
John Woodhouse era o pai do SAS moderno. Johnny Cooper foi promovido a Major e
assumiu
o Esquadrão B. Um jovem tenente, Peter de la Cour de la Billiere, se juntou ao
22 SAS naquele ano. Ele viria a ser o comandante do SAS no futuro.
No verão de 1955, um esquadrão do SAS foi criado na Nova Zelândia e depois de
uma seleção e um treino básico rigoroso chegou a Malásia pelo fim do ano onde
eles levaram a cabo o seu curso de pára-quedismo. A força total do esquadrão era
140 homens, um terço dos quais eram Maoris, nativos neozelandeses, que acharam
fácil trabalhar com os membros de tribo nativas da Malásia. O major Frank Rennie
comandou o esquadrão.
Depois de um breve período de preparação eles demonstraram ser uma valiosa
contribuição à força. Outro esquadrão foi somado à força no término de 1955,
formado por voluntários do Regimento de Pára-quedistas e ficou conhecido como o
Esquadrão do Regimento de Pára-quedas e foi comandado pelo major Dudley Coventry.
Estas adições elevaram a força do 22 SAS para 560 homens de todos os postos,
divididos em cinco esquadrões, cada com quatro tropas de dezesseis homens, mais
pessoal do QG e especialistas anexados.
Um padrão normal para um esquadrão era dois meses na selva, duas semanas
selvagens de licença, duas semanas de treino e
então à volta para a selva. Havia cursos para ser feitos, habilidades
novas para serem aprendidas e o treinamento contínuo. Treinando para guerra em
outras partes do mundo foi empreendido para dar ao SAS uma vida depois que a
emergência na Malásia terminasse.
Pelo fim de 1955 a campanha de combate aos terroristas malaios estava dando
resultado. A liderança guerrilheira tinha a fugido cruzado a fronteira da e a
política de recompensar as deserções estava dando certo.
Uma aeronave equipada com alto falantes e voando baixo fazia ofertas tentadoras
em dinheiro e comida.
Os anos de 1956 e 1957 viram o SAS aumentar a pressão sobre o inimigo. O
Regimento tinha ao término de 1956 tinha a pontuação oficial de 89 terroristas
mortos e 9 capturados. O impulso foi mantido com patrulhas constantes que
serviram para manter a pressão nos terroristas restantes. Em março de 1956
Woodhouse assumiu Esquadrão de QG e o major Teede assumiu o Esquadrão D, e o
major Slim foi promovido para comandar o Esquadrão A.
Em abril de 1957 o Esquadrão do Regimento Pára-quedista voltou para a Inglaterra
e os neozelandeses também foram embora, depois de terem matado 15 inimigos em
dois anos de operações. O SAS ficou reduzido a apenas a dois esquadrões e o seu
QG. 1958 - A derrocada da guerrilha A última grande operação na Malásia da qual o SAS participou foi a Operação Sweep, que começou em fevereiro de 1958. Nesta época os guerrilheiros comunistas estavam bastante enfraquecidos diante da morte ou prisão de muitos de seus comandantes, da escassez de alimento e armas por causa da falta de apoio da população local e da pressão constante dos britânicos, pois para os comunistas não havia mais apoio e nenhum lugar seguro.
A Operação Sweep foi projetada para cercar e eliminar dois grupo de terroristas
comandados pelo famoso Ah Hoi. Ah Hoi foi reconhecido quando se dirigia para os
pântanos de Telok Anson ao longo rio Tengi a noroeste de Kuala Lumpur. O
Esquadrão D foi selecionado para o trabalho, sob o comando do major Harry
Thompson, que decidiu pela inserção de pára-quedas. Uma das primeiras aeronaves
Blackburn Beverley estava na Malásia em uma viagem de demonstração e ela foi
usada como em uma experiência prática. No salto prático os 37 homens deixaram a
aeronave em apenas 18 segundos, visto que o avião dispunha de uma rampa traseira
grande em vez da costumeira porta lateral pequena. Eles chegaram bem
concentrados na zona de salto, mas um homem caiu entre as árvores se ferindo
gravemente. Um helicóptero teve que ser trazido para evacuar a vítima e isto
alertou o inimigo.
O major Thompson decidiu seguir o curso do rio e dividir a sua força dele em
dois grupos para localizar os terroristas na passagem do pântano. Os homens se
viram tendo que andar na lama, em
águas infestadas de sanguessugas, às vezes até em seus pescoços, e então
cortou o modo deles/delas por aglomerações de grama de espada. A chuva caiu com
força incessantemente e havia um gotejar constante das árvores altas e os
mosquitos atacavam continuamente. As botas dos homens se apodreciam e rasgavam e
eles terminaram caminhando de pés descalços. À noite eles penduravam as suas
redes para fugir do pântano perpetuo.
A tropa de Peter de la Billere seguiu o rastro dos terroristas durante dez dias
pela lama, mantendo contato através de rádio. Ao mesmo tempo, as outras tropas
conduzidas pelo Sargento Sandilands, se moviam por outro lado, constantemente
alertas para sinais de presença humana.
Provisões lançadas de pára-quedas trouxeram alguns barcos de borracha para que
os homens de Sandilands realizassem
patrulhas à noite ao longo do rio. Uma dessas patrulhas estabeleceu o primeiro
contato quando eles se encontraram com um pequeno grupo de inimigos que estava
cozinhando na margem. A patrulha estava armada só com uma espingarda e como os
terroristas estavam longe eles escaparam. Um dia depois mais ou menos um
aborígine estabeleceu contato e contou a Sandilands que um homem e uma mulher
tinham sido vistos andando perto do rio. Sandilands levou o Corporal Flint com
ele e armado com um rifle, achou e atacou os dois terroristas. O homem foi morto
mas a mulher escapou e fugiu pela selva. Uma perseguição foi imediatamente
montada.
O rastro da mulher foi fácil de seguir e a patrulha achou evidência de dois
acampamentos evacuados as pressas. Enquanto isso, o exército e a polícia
lançaram um cordão apertado ao redor da área do pântano. Harry Thompson teve sua
tropas de reserva transportada de helicóptero para a área. Os terroristas
estavam operando em dois grupos distintos e pela nona semana o cerco estava se
fechando.
A grande chance veio quando uma mulher, Ah Niet, saiu da selva e se aproximou uma patrulha para dizer que o grupo dela
estava quase sem comida. Inicialmente ela impôs condições, mas as autoridades
se recusaram a atende-las e no dia seguinte ela voltou e disse traria o resto
dos terroristas. Harry Thompson levou a rendição de um grupo de cinco e achou
Ah Hoi entre eles. Ah Niet conduziu uma patrulha pela selva adentro e em dois
dias eles tinham rendido mais três terroristas. Os que não se renderam
foram eliminados. A presença do
SAS na Malásia demonstrou que os seus homens foram treinados de forma correta e
tinham ajudado na luta contra comunismo. Em 1958 o 22 SAS era um regimento altamente treinado, experimentado e equipado com novas armas, habilidades e táticas e uma capacidade de adaptabilidade, mas parecia que o regimento se aproximava da sua extinção. Porém o General Sir Gerald Templar (Comandante das forças britânicas na Malásia) anunciou que o futuro do regimento estava de fato seguro. Ainda em 1958, Esquadrão D fora transportado de avião para outra operação especial que aconteceria no Jebel Akhdar, Omã. Depois foi a vez do Esquadrão A. O SAS trocaria a selva pelo deserto. O último Esquadrão do SAS saiu da Malásia em 1959. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
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