Perfil da Unidade

SPECIAL AIR SERVICE - SAS

 

CAMPANHAS

2ª Guerra Mundial - Itália - 1943-45

 

 


Operador do SAS nas Falklands, armado com um Colt Commando.

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O SRS, Special Raiding Squadron (Esquadrão Especial de Ataque)

Depois da captura de Stirling, alguns assaltos ainda aconteceram, mas Stirling era a verdadeira alma do SAS e os planos atuais e futuros para o regimento estavam somente em sua cabeça, por isso a sua falta gerou uma grande confusão na unidade. Com a sua ausência o oficial mais graduado do regimento,  Major Vivian Street, assumiu provisoriamente o comando do 1 SAS. Ele era o comandante do Esquadrão B, mas não tinha experiência em operações do SAS. O Ten.  Coronel H. J. Cator, comandante do Commando 51, foi apontado para assumir o 1 SAS. Porém sem Stirling o SAS era uma presa fácil para os oficiais do Estado-Maior britânico que não tinha simpatia pela unidade e em 19 de março de 1943 o 1 SAS, com 47 oficiais e 532 subalternos foi dissolvido.

Em abril de 1943, o Esquadrão A de Paddy Mayne recebeu as sobras do Esquadrão B (o seu comandante Major Street tinha sido feito prisioneiro) e formou um novo Esquadrão reforçado com cerca de 287 homens, que ficou conhecido como SRS - Special Raiding Squadron. O SRS tinha um QG e três tropas, com três seções cada. O SRS devia ser usado como uma tropa de choque de elite para atacar posições litorâneas alemãs e italianas nos Bálcãs e no Mediterrâneo central. 

O Esquadrão D, com cerca de 180 homens, comandado pelo Major Conde Jellicoe, reteve o título SBS e, como uma unidade independente e junto com o pessoal grego, passou a usar barcos de  pesca gregos (caíques) e outras pequenas embarcações para realizar  operações ao longo do Mediterrâneo e do Mar Egeu. O pessoal francês ou foi devolvido ao seu exército nacional ou foi se juntar ao 2 SAS. Alguns do membros mais experientes do antigo 1 SAS se uniram ao 2 SAS, enquanto foram recrutados outros membros de algumas unidades britânicas e do depósito de pessoal e além de alguns franceses da Argélia que formaram o seu próprio grupo. O SRS e o SBS ficaram subordinados ao QG das Forças de Ataque do Oriente Médio.

Depois de treinar em Azzib, Palestina, o SRS foi de navio do Canal de Suez para participar dos desembarques na Sicília em julho de 1943. O SRS foi usado pela primeira vez  como uma unidade de Commandos clássica durante os desembarques. Em 12 de julho eles neutralizaram duas posições italianas de artilharia costeira em Capo Murro di Porco, ao sul de Siracusa, Sicília. O SRS foi então retirado e numa segunda operação anfíbia capturou o porto de Augusta, com poucas baixas. 

Durante a invasão da Sicília o 2 SAS tomou parte em duas operações: NARCISSUS (10 de julho de 1943) e CHESTNUT. Um esquadrão assaltou um farol na NARCISSUS. E em julho de 1943 durante a CHESTNUT, duas equipes de pára-quedistas foram lançados norte da Sicília com o objetivo de romper as comunicações inimigas com o fim de apoiar os desembarques Aliados. Desorganização e péssimas comunicações prejudicaram a missão e ela foi abortada. 

A primeira operação do SRS no continente europeu, chamada BAYTOWN,  aconteceu 3 de setembro de 1943 contra o porto de Bagnara na Itália meridional.  O objetivo era  capturar o porto de Bagnara para cortar as comunicações alemãs e facilitar o avanço das forças de  Montgomery que avançavam vindas de Reggio. A operação começou mal. Duas embarcações de desembarque da Marinha Real tiveram problemas. Homens e equipamento tiveram que ser transferidos para quatro embarcações menores que desembarcaram  no lado errado da baía. Inicialmente havia pouco resistência, mas os alemães reagiram rápido com metralhadoras e fogo de morteiro. 

Homem do 2 SAS em Castino, Italia, em abril de 1945.

Em 3 de outubro de 1943 durante a Operação DEVON, 207 homens do SRS junto com o Comando 3 e Comando 40 (RM), ambos da Brigada de Serviço Especial, sob o comando do Brigadeiro Durnford-Slater, se lançaram contra o porto de Termoli, na costa do Adriático. O objetivo do SRS era usar a cidade como base para futuras operações. Eles desembarcaram a oeste da cidade e a limparam. Logo depois travaram contato com as patrulhas de reconhecimento avançando do Lancashire Fusiliers e de um dos esquadrões do 2 SAS. Pela  manhã  o 5º Exército alemão com unidades blindadas e Fallschirmjagers (pára-quedistas) realizou uma grande contra-ataque quew durou dois dias. Essa foi a primeira vez que o SRS e 2 SAS lutaram juntos. Depois de uma lutar pesada, em que o SRS sofreu duras baixas (68 mortos e feridos), as coisas começaram a melhorar com a chegada de tanques Shermans canadenses e homens do Royal Irish Rangers. Depois desta operação, que foi a sua última, o SRS foi retirado da Itália e enviado para Algiers, na Argélia e de lá  enviada para a Escócia em dezembro de 1943, onde foi reorganizado como 1 SAS, que faria parte da Brigada SAS.   

Já o 2 SAS, comandado William Stirling, permaneceu na Itália e participou ativamente da campanha italiana, onde foram enviados para operar atrás das linhas inimigas. Seus homens atacavam em pontos vulneráveis da linha de abastecimento, destruíam pontes, atacavam aeródromos e coordenavam grupos partisans italianos. Em muitos casos, pequenas equipes eram lançadas de pára-quedas atrás das linhas inimigas e operavam ali por semanas até retornarem para as linhas aliadas. Em setembro de 1943 o 2 SAS desembarcou em Taranto e realizou reconhecimento e patrulhas ofensivas a frente do avanço das forças Aliadas, principalmente a serviço da 1ª Divisão Aerotransportada britânica. 

O 2 SAS também usava barcos para realizar suas infiltrações (possivelmente um reflexo da experiência do pessoal do Comandos 62). Uma operação típica era levada a cabo,  por uma equipe de quatro homens que eram desembarcados no litoral por uma lancha MTB. Essa equipe tinha a missão de atacar estradas de ferro e pontes. 

Durante a operação SPEEDWELL duas pequenas equipes de 7 homens cada do 2 SAS foram lançadas de pára-quedas na área de Spezia/Genoa (norte da Itália) com a tarefa de conduzir várias missões, especialmente de sabotagem, atrás das linhas inimigas com o objetivo de impedir que reforços e suprimentos inimigos chegassem a frente de batalha. (Setembro de 1943 a Abril de 1944). 

Quatro equipes do 2 SAS transportadas por Torpedeiras participaram da operação SAXIFRAGE com a missão de destruir a estrada de ferro entre Ancona e Pescara.

Entre 2 e 6 de outubro o 2 SAS realizou a operação BEGONIA. Destacamentos deste regimento, estabeleceram contato com prisioneiros de guerra britânicos no interior da Itália com o propósito de evacuá-los após a rendição italiana.

 A Operação JONQUIL foi montada em outubro de 1943 com o objetivo de enviar 4 destacamentos do Esquadrão B. do 2 SAS, transportados por mar para resgatar um grande número de prisioneiros de guerra aliados que vagavam pelo interior da Itália após a rendição deste país. O plano era retirá-los por uma posição na costa italiana do Adriático. Não foram muitos os prisioneiros retirados pelo SAS, mas os destacamentos operaram durante dois meses atrás das linhas alemãs.  

Em 27 de outubro de 1943 um pequeno destacamento do 2 SAS executou a operação CANDYTUFT, que tinha por objetivo destruir a linha férrea de  Ancona até Pescara, na costa leste da Itália. 

Vários destacamentos do 2 SAS foram desembarcados por navios da Royal Navy durante a operação SLEEPY LAD, com a missão de interditar o tráfego alemão na linha férrea entre Ancona e Pescara. (Dezembro de1943) 

A Operação MAPLE aconteceu em 7 de janeiro de 1944, e tinha o objetivo de atacar a estrada de ferro de Terni e Orvieto, ao norte de Roma e ao logo da costa leste italiana. Os dois grupos do 2 SAS que participaram da ação ( ('Thistledown' and 'Driftwood') destruíram os seus objetivos, mas todos foram capturados quando se retiravam para as suas linhas.  

Em 30 de janeiro de 1944, como supoerte aos desembarques em Anzio, o 2 SAS realizou a Operação BAOBAB, que consistia em uma série de ataques a linhas férreas estratégicas que passavam por Pesaro e Fano e eram usadas pelos alemães para transporte de suprimentos. Todos os homens voltaram em segurança. 

A Operação POMEGRANATE (janeiro de 1944) foi à última missão do 2 SAS na Itália. Uma pequena equipe de seis homens foi lançada de um C-47 Dakota para atacar o aeródromo de San Egidio e destruir aeronaves alemãs de reconhecimento, com o objetivo de auxiliar os desembarques em Anzio. O destacamento foi atacado quando da troca da guarda e apenas dois oficias conseguiram atacar o aeródromo. Apenas sete aeronave foram destruídas, mas o oficial sobrevivente, o  tenente Hughes, foi capturado. Hughes foi tratado de seus ferimentos em um hospital militar alemão. Ajudado por dois oficiais alemães Hughes conseguiu ter o status mudado de prisioneiro político para prisioneiro de guerra, e aconselhado a escapar pois seria fuzilado como um sabotador. A fuga de Hughes confirmou os rumores que os alemães estavam executando commandos Aliados capturados em observação a ordem baixada por Hitler, conhecida como 'Comando Order'. Em que todos os commados capturados deveriam ser fuzilados como sabotadores. Rommell não tinha cumprindo essa a ordem na África Norte, mas forças alemãs na Europa a estavam aplicando. Pouco depois desta operação o 2 SAS foi enviado para a Inglaterra em março de 1944 em preparação da invasão de França.

Em 28 de maio de 1945, durante a operação SNAPDRAGON, um pequeno destacamento do 2 SAS foi inserido por submarino na ilha italiana de Pantelleria.

Entre março e abril de 1945, 50 homens do 3 Esquadrão do 2 SAS, participaram da operação TOMBOLA, apoiados por guerrilheiros locais e 70 soldados russos, que escaparam de campos de prisioneiros, conduziram operações contra tropas alemãs na área entre Bolonha e Spezia.   


O SBS na 2ª Segunda Guerra Mundial

A Seção Especial de Barcos, foi fundada em julho de 1940 por um oficial dos COMMANDOS, Roger Courtney. Courtney se tornou um recruta dos Commandos, em meados de 1940, e foi enviado para o Combined Training Centre, na Escócia.

Ele foi bem sucedido em sua tentativa inicial de convencer o almirante da Frota Roger Keyes e mais tarde o Almirante Theodore Hallett, chefe do  Combined Training Centre, que a sua idéia de se usar kayak para ações de commandos seria muito eficaz. Para provar sua teoria ele decidiu se infiltrar no HMS Glengyle, um navio de desembarque de Infantaria ancorado no rio Clyde. Courtney remou até o navio, subiu a bordo sem ser detectado, escreveu as suas iniciais na porta da cabine do capitão, e roubou uma arma instalado no deck do navio. Diante de sua bem sucedida "missão" Courtney foi promovido a capitão, e recebeu o comando de doze homens, o primeiro destacamento do Special Boat Service/Special Boat Section.

Inicialmente conhecida como Folboat Troop, devido ao tipo de canoa dobrável que usava par suas missões, a unidade foi renomeada para No1 Special Boat Section no início de 1941, mas a unidade também era conhecida como Seção "Z". Em seguida a unidade foi anexada a Layforce e enviada para o Oriente Médio, e mais tarde trabalhou com a 1st Submarine Flotilla baseada em Alexandria, tendo efetuado o reconhecimento da praia de Rhodes, tendo ajudado na evacuação de tropas de Creta e realizado pequenos raids e outras operações.

Em dezembro de 1941 Courtney voltou ao Reino Unido, onde formou 2 SBS, 1 SBS (Seção "Z") se juntou ao Serviço Aéreo Especial (SAS), para realizar operações no Mediterrâneo. Em junho de 1942 eles participaram dos ataques ao aeródromo em Creta. Em Setembro de 1942 realizaram a Operação Anglo uma incursão em dois campos de pouso na ilha de Rhodes, dos quais apenas dois homens voltaram. Foram destruídos três aviões, um depósito de combustível e vários edifícios, os homens sobreviventes do SBS tiveram que se esconder no campo por quatro dias antes que pudessem alcançar um submarino que os esperava.

Em agosto de 1942 a Seção "Z" e três grupos de canoeiros sob o comando do Conde Jellicoe (era da seção de reconhecimento da Layforce), foram absorvidos pelo Esquadrão "D" do 1.° Regimento do SAS. O total de homens era de 55 peritos nadadores e canoeiros (15 oficiais e 40 subalternos) e passou a fazer parte do 1 SAS depois de David Stirling (criador e comandante do SAS),  fazer lobby em favor disto. A Seção Especial de Barcos (SBS) permitiu ao SAS lançar operações contra portos. No outono de 1942, Jellicoe como comandante do Esquadrão D dividiu sua força em três seções denominadas "M", "L" e "S", a partir da primeira letra do sobrenome de seus comandantes.

Em abril de 1943, 1 SAS foi dividido em dois, com cerca de 250 homens do SAS e do Small Scale Raiding Force formando o Special Boat Squadron, sob o comando do Major Earl Jellico. Esta unidade independente então se mudou par Haifa e treinou junto com o Regimento Sagrado grego (que fazia parte do antigo SAS) para operações ao longo do Mediterrâneo e do Mar Egeu, usando barcos de pesca gregos (caíques) e outras pequenas embarcações.

Cabo do SBS em operação no Mar Egeu em 1943. Ele usa uma submetralhadora alemã MP40.

Os Esquadrões A e B do 1 SAS formaram o SRS (Special Raiding Squadron), sob a liderança de "Paddy" Mayne. Em novembro de 1943, o Special Boat Squadron, de Jeilicoe, passou para o comando do general-de-brigada D. J. T. Turnbull, da Raiding Forces Middie East (Forças de Ataque do Oriente Médio) e teve seu nome trocado para Special Boat Service. O SBS passou então para o controle das forças terrestres que operavam no litoral do Adriático e realizou operações nos mares Mediterrâneo, Adriático e Egeu.

Desta forma o SBS operou entre o Dodecaneso e o grupo de ilhas Cíclades na Campanha do Dodecaneso e participou da Batalha de Leros e da Batalha de Kos. Em agosto de 1944 o SBS se juntou com o Long Range Desert Group-LRDG em operações no Adriático, no Peloponeso, na Albânia, e, finalmente, Istria. Eles eram tão eficazes que cerca de 200-300 homens do SBS ajudaram manter sob pressão seis divisões alemãs.

Homens do SBS em treinamento.

Pessoal do SBS em treinamento

 

 

Insígnia do SBS durante a Segunda Guerra


O Nº2 SBS, que manteve o nome de Special Boat Section, durante a guerra, apoio as ações do Major-General Mark Clark antes dos desembarques da Operação Tocha em novembro de 1942. Mais tarde um grupo, o Z SBS, que foi baseado em Argel a partir de março 1943, realizou missões de reconhecimento das praias para o desembarque de Salerno e uma incursão na ilha de Creta, antes de ser transferido para o Ceilão para trabalhar com a Force 136 do Special Operations Executives-SOE, e mais com o tarde com o Special Operations Australia. O resto do Nº 2 SBS fez parte do Small Operations Group do Comando do Sudoeste Asiático, que operou nos rios Chindwin e Irrawaddy, e no Arakan, durante a campanha da Birmânia.
 


Bill Stirling (Lt. Col. W. J. Stirling, os Guardas escoceses) 

Os irmãos Bill (esquerda) e David Stirling.

Willian J. Stirling, nas cem 1912 e era um dos irmãos de David Stirling, filhos do general-de-brigada Archibald Stirling. Ao contrário de David, seu irmão mais novo, ele se formou em Cambridge e então serviu três anos como comissionado nos Scots Guards. Depois trabalhou vários anos nas empresas da família Stirling e voltou ao Exército no começo da 2ª Guerra Mundial. Ele se uniu ao precursor do SOE conhecido como Military Intelligence(Research) ou MI(R) e se envolveu  na primeira operação de assalto( raiding  da guerra em abril de 1940. A operação recebeu o nome de Operação Knife e era uma missão de sabotagem em Sognes Fjord na Noruega meridional, ocupada pela alemães. A equipe de demolição teve sua missão abortada e teve que retornar depois que o submarino que a transportava foi danificado por cargas de profundidade. 

Diante de vários planos para a realização de  assaltos, homens como Stirling e Mike Calvert,receberam permissão para abrir um centro de treinamento de guerra irregula localizado perto de Lochailort na costa ocidental de Escócia e que ficou conhecido como o Centro de Treinamento Especial; este seria o protótipo para as Escolas de Treinamento Especiais do SOE e d o Centro de treinamento dos Comandos em Achnacarry. Stirling se tornou Major e instrutor chefe. Depois em 1940, Bill ajudou Bob Laycock a montar o Comando 8 e foi depois para o Egito como parte da Layforce. Ele voltou a Grã-Bretanha em novembro de 1941 e serviu novamente nos Scots Guards e depois voltou aos Comandos. 

Quando as forças anglo-americanas desembarcaram na Argélia em novembro de 1942, O Tem. Coronel Will Stirling estava lá com o Commando 62,  conhecido também como SSRF - Small Scale Raiding Force. O Commando de Bill tinha a missão de realizar assaltos na nova frente. Muito menor que um Comando normal, com aproximadamente sessenta homens, o 62 montou a sua base em Philippeville e quando foi desmobilizado serviu de base para a formação do 2º Regimento de SAS (2 SAS).

As primeiras operações (assaltos com jeeps) do 2 SAS foram semelhante as realizadas pelo 1 SAS, mas o terreno montanhoso da Tunísia ocidental era menos satisfatório para o uso de veículos. 

Quando o 1 SAS foi desmobilizado, alguns dos seus membros mais experientes foram para o 2 SAS, enquanto foram recrutados outros membros do regimento nos depósitos de pessoal e entre os franceses que estavam na Argélia. Os franceses formaram o seus próprio esquadrão. O 2 SAS viu ação de verdade durante a invasão da Sicília em julho de 1943. Um destacamento capturou uma bateria em Capa Passaro, enquanto outras equipes eram lançadas de pára-quedas perto do Monte Etna, com o objetivo de atacar a retaguarda do inimigo. Enquanto isso o próprio Stirling se concentrava em recrutar e treinar mais homens.

O 2 SAS participou também da campanha na Itália. Desembarcou em Taranto e realizou várias operações de reconhecimento em jeeps, principalmente sob as ordens da 1ª Divisão Aerotransportada. Um dos seus três esquadrões foi enviado a Termoli, inicialmente para montar uma base para assaltos futuros, mas logo após conquistarem a cidade, foram alvo, como o resto da guarnição (Commandos e homens do SRS), de um brutal contra-ataque alemão, realizado com tropas blindadas e de pára-quedistas. Os britânicos resistiram bravamente e derrotaram o inimigo.

Depois algumas operações mais formais do SAS foram levadas a cabo. Normalmente equipes com 4 membros eram desembarcadas na costa por MTBs com a missão de atacar estradas de ferro e pontes. Stirling teve várias embates com o alto-comando pois ele achava errado a forma como o SAS estava sendo usado, como tropas de assalto anfíbio, que era o papel normal dos Comandos ou como substitutos para as forças de reconhecimento blindado. 

O regimento voltou por pouco tempo para a África Norte e depois foi para a Grã-Bretanha em março de 1944. A Brigada SAS estava sendo formada agora na área de Ayrshire, Escócia, e estava treinando invasão da França. 

O pessoal do SHAEF propôs lançar o SAS de pára-quedas atrás das linhas alemã, servindo como tropas de assalto, em uma tentativa para impedir que as reservas inimigas chegasse até as praias da invasão. Isso era totalmente contra o método operacional do SAS de atacar o inimigo onde ele era mais fraco, e não mais forte, pois as tropas levemente armadas do SAS não teriam nenhuma chance contra as forças blindadas alemãs e de sua infantaria motorizada contra as quais teriam que lutar. O comandante da Brigada SAS, brigadeiro Roderick McLeod, que era  um artilheiro sem experiência em  operações especiais não fez objeções, mas Paddy Mayne e Bill Stirling foram contra o plano e ofereceram dura resistência ao mesmo. Quando Stirling pediu para o pessoal reconsiderar, eles recusaram, e ele se demitiu do comando do 2 SAS. Como o irmão disse, "ele perdeu a batalha mas ganhou a guerra ", porque esta ação drástica fez o SHAEF reconsiderar e eventualmente foi decidido que os destacamento do SAS seriam lançados seriam lançados a cerca de 80 km da linha de frente e realizariam as suas missões normais de reconhecimento e sabotagem. Com a demissão de Bill  o comando do 2 SAS, passou para o Ten.
Coronel Brian Franks.

Stirling passou o resto da guerra em trabalhos nos escalões da retaguarda. Depois da sua baixa no final da guerra ele voltou para os negócios da família e dividiu o seu tempo entre Keir (residência oficial dos Stirlings, na Escócia), Londres e vários países africanos. Pelos anos 1950s ele estava dirigindo companhias como a Stirling-Astaldi, Keir & Cawder Estates e Derbyshire Granite. Além de seus interesses na Grã-Bretanha estas companhias estavam envolvidas em vários atividades no exterior, incluindo a construção de estradas e , mineração na África. Bill também provia capital para vários dos negócios de seu irmão David. Depois ele se aposentou dos negócios, para ser tornar proprietário de terras em Keir onde ele morreu em 1983.


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