Perfil da Unidade

SPECIAL AIR SERVICE - SAS

 

ORGANIZAÇÃO

 

 


Operador do SAS nas Falklands, armado com um Colt Commando.

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ORGANIZAÇÃO

O 22 SAS esta ligado ao Special Forces Group, que é composto também pelo SBS dos Royal Marines, pelas unidades do Exército Territorial 21 e 23 SAS e 63 SAS Signals Squadron. 

O 22 SAS está atualmente organizado da seguinte forma:

- Quartel-General (planejamento e inteligência).

- Ala de Pesquisas Operacionais - Operations Research Wing.

- Ala de Guerra Contra-revolucionária - Counter Revolutionary Warfare Wing (Special Projects Team)

- Ala de Treinamento - Training Wing

- Esquadro 264 de Sinaleiros do SAS - 264 Special Air Service signals Squadron

- Unidades Anexadas de Especialistas - Attached Specialists Units

- Sabre Squadrons

Existe ainda várias unidades menores de apoio como: Demolições, Seção de Pára-quedas, Seção de Barco, Seção do Corpo Aéreo do Exército e uma sub-unidade responsável pelo funcionamento administrativo diário de todo o 22 SAS.

O uniforme (usado em instalações militares em tempo de paz) é o padrão do Exército britânico, com alguns detalhes que os distinguem dos demais: a boina cor de areia, a insígnia da boina (uma adaga alada com a frase "Quem ousa vence") e as letras "SAS" orladas por asas, no ombro direito. Para missões antiterroristas, há um uniforme todo preto. Porém, como já é de praxe, eles não se prendem a uniformes padrões quando operam por trás das linhas inimigas. Dentro de uma mesma patrulha os homens podem usar combinações diferentes de uniformes militares quer sejam eles britânicos ou não, uniformes inimigos e até trajes civis. Por tudo isso o SAS se tornou a ponta de lança da Grã-Bretanha seja em guerras abertas ou ocultas e uma lenda mundial.  

ESQUADRÕES (cada esquadrão tem cerca de 60 homens e é comandando por um major)

Esquadrão A (Formado por voluntários do Exército britânico na Malásia em 1950)

- QG do Esquadrão

- Tropa 1 - Tropa Aérea (quatro patrulhas de quatro homens)

- Tropa 2 - Tropa de Barco (quatro patrulhas de quatro homens)

- Tropa 3 - Tropa de Mobilidade (quatro patrulhas de quatro homens)

- Tropa 4 - Tropa de Montanha (quatro patrulhas de quatro homens)

Esquadrão B (Formado por voluntários do 21 SAS e outros ex-SAS, que voltaram para o serviço regular por três anos na Malásia em 1950) 

- QG do Esquadrão

- Tropa 7 - Tropa Aérea (quatro patrulhas de quatro homens)Parà esploratore del Plotone esploratore della 5ª Brigata Aeroportata inglese. Indossa il materiale di lancio da alta quota

- Tropa 6 - Tropa de Barco (quatro patrulhas de quatro homens)

- Tropa 8 - Tropa de Mobilidade (quatro patrulhas de quatro homens)

- Tropa 9 - Tropa de Montanha (quatro patrulhas de quatro homens)

Esquadrão D (Formado na Malásia em 1951)

- QG do Esquadrão

- Tropa 16 - Tropa Aérea (quatro patrulhas de quatro homens)

- Tropa 17 - Tropa de Barco (quatro patrulhas de quatro homens)

- Tropa 18 - Tropa de Mobilidade (quatro patrulhas de quatro homens)

- Tropa 19 - Tropa de Montanha (quatro patrulhas de quatro homens)

Esquadrão G (Formado por tropas da Companhia Pára-quedista Independente de Guardas em 1967)

- QG do Esquadrão

- Tropa 24 - Tropa Aérea (quatro patrulhas de quatro homens)

- Tropa 23 - Tropa de Barco (quatro patrulhas de quatro homens)

- Tropa 21 - Tropa de Mobilidade (quatro patrulhas de quatro homens)

- Tropa 22 - Tropa de Montanha (quatro patrulhas de quatro homens)

Esquadrão R (Reserva - Exército Territorial)

Um Esquadrão Sabre é a maior força que pode regularmente administrar uma única operação, porém operações que envolvam todo um esquadrão são raras, pois normalmente o SAS usa tropas ou pequenas equipes que variam de tamanho de 2, 4, 8 ou 16 homens. O QG de um esquadrão pode comandar suas tropas da sua base na Inglaterra ou diretamente do campo de batalha como aconteceu no nas Falklands e no Golfo. Se mais de um esquadrão é necessário no "teatro", uma sede tática do regimento é desdobrada para o local. Algumas vezes certas operações que envolvem um esquadrão ou unidades menores contam com a supervisão do comandante do regimento. Mas normalmente o comandante de um esquadrão é a alta patente necessária para comandar a maioria das operações locais.

Um esquadrão completo tem seis oficiais e setenta e oito homens das mais diversas graduações. Um esquadrão como vimos é dividido em um QG e quatro tropas. O oficial comandante é um major, com um capitão como seu segundo em comando e oficial de operações. Também no QG do esquadrão estão presentes um sargento-mor e um sargento-chefe e auxiliares. Durante as operações uma tropa do Esquadrão 264 de sinaleiros dos SAS é anexada ao esquadrão. Estes homens ficam responsáveis em prover comunicações seguras. Como vimos cada uma das tropas operacionais se especializa em um tipo de guerra. Cada tropa tem um capitão e quinze homens, todos são divididos em quatro patrulhas de quatro homens. Porém na prática um esquadrão nunca está com o seu quadro completo, pois devido a falta de oficias. Muitas vezes os sargentos-mor (militares com dez a quinze anos de experiência) é quem assumem as responsabilidades do segundo em comando. Como muitas tropas também ficam sem oficiais, cabe ao sargento-de-pessoal, que normalmente funciona como segundo em comando, assumir o comando. Uma tropa só pode ter no mínimo doze homens.

Em tempos paz, a cada seis meses um Esquadrão Sabre muda de atribuições. Estas incluem: Esquadrão de Treinamento, no Reino Unido ou no estrangeiro (normalmente nos EUA, Oriente Médio e Brunei); Equipes Tarefa, em que são enviadas equipes de treinamento para países amigos para treinar suas forças; Tirar Alerta, em que o esquadrão fica de prontidão, para ser acionado em qualquer emergência; Contra-terrorismo, em que um esquadrão fica com a responsabilidade de assumir a direção da Ala de Guerra Contra-revolucionária do regimento (CRW). Também existe o compromisso de prover uma tropa para servir na Irlanda do Norte, como parte do Intelligence & Security Group, que também inclui a 14 Intelligence Company. Um dos segredos do SAS é a flexibilidade e versatilidade de seus operadores, e para isso muitos homens podem ser destacados para treinamentos avançados e intercâmbio com outras forças especiais, nacionais e estrangeiras, especialmente as dos EUA, Austrália e Nova Zelândia.

TROPAS

Ala de Guerra Contra-revolucionária - Counter Revolutionary Warfare Wing (Special Projects Team)

 

Na década de 1960 e 1970, existia um mundo fantasmagórico, caracterizado por uma situação que não era de paz verdadeira nem de guerra verdadeira. Eram as Guerras de Libertação Nacional, conflitos nos quais culminou o processo de descolonização e onde surgiram muitos grupos que lançavam mão do terror para alcançar o seus objetivos.  Os excessos absurdos e distorcidos do terrorismo, com ou sem apoio estatal, infestaram o mundo. Este conflitos de baixa intensidade representavam o confronto político-militar entre Estados ou grupos em disputa num nível inferior ao da guerra convencional e superior ao da competição rotineira e pacífica. 

Os terroristas são, na sua maioria das vezes frios, calculistas e extremamente fanáticos pelas suas causas. Geralmente um ataque sempre resulta em perdas de vidas humanas, pois a "CAUSA" sempre é mais importante do que a própria vida. O treinamento para-militar é intenso e a disciplina é mais dura do que a existente nas fileiras das forças armadas. Segundo estatísticas e estudos mundiais, é muito mais fácil negociar com grupos que visam retorno financeiro do que com terroristas.Os grupos que visam puramente o dinheiro, não estão dispostos a morrer, o que não acontece com os grupos motivados pela ideologia.O nível de tensão é muito grande e sempre trabalham contra o tempo, pois este é o seu maior inimigo.

Operador da Equipe Vermelha do SP Team.  

Homens do SAS em treinamento antiterrorista com seus famosos uniformes negros. Eles estão armados com submetralhadoras HK MP5 de 9mm.

Diante desta realidade,  o desenvolvimento do terrorismo internacional e a violência crescente na Irlanda do Norte a partir de 1969, O SAS britânico, lentamente recebeu entre o final dos anos de 1960 e inicio dos anos de 1970 a responsabilidade de desempenhar mais um novo papel em sua longa lista de atividades: a de força antiterrorista da Grã-Bretanha. 

Em 1972 o Tenente Coronel Peter de la Billière, novo comandante do SAS, pediu ao  Capitão Andrew Massey, chefe de tropa do SAS, para que ele montasse um esboço de como o SAS poderia desempenhar um papel de força antiterror.

Massey propôs o conceito de um time, uma força de assalto pequena e permanente, capaz de realizar ações de combate para resgatar reféns em ambientes fechados. Impressionado pelo esboço Peter de la Billière, trabalhou mais no mesmo aperfeiçoando-o e depois o apresentou um projeto ao Ministério de Defesa. Porém o projeto foi posto na gaveta. Era posição corrente de que o Exército não deveria ser envolvido em ações que seriam da alçada da polícia. Mesmo tendo participado de lutas antiinsurreição por todo o mundo o SAS não deveria ser usado em questões domésticas. Além do mais a Inglaterra até aquele momento estava livre de ações de grupos terroristas.

Porém a visão mundial sobre a ameaça terrorista mudou a partir de setembro de 1972 durante as Olimpíadas de Munich, Alemanha Ocidental. Naquele evento um grupo terroristas palestino, o Setembro Negro, atacou a delegação de Israel na vila Olímpica. Os terroristas mataram dois israelenses e fizeram nove membros da delegação de reféns. As autoridades alemãs não estavam preparadas para tal situação (Como qualquer outro país naquele momento!). No dia 5 de setembro, os terroristas conseguiram ser levados, com os reféns, para o Aeroporto de Furstenwald. Lá a polícia alemã atacou o terroristas e o caos se instalou. O saldo foi: quatro terroristas foram mortos, um policial alemão morto, e o mais terrível, todos os reféns morreram.

Três dias depois dos eventos sangrentos das Olimpíadas de Munich, o primeiro-ministro Edward Heath pediu ao Diretor de Operações Militares General Bill Scotter uma solução para capacitar a Grã-Bretanha na guerra antiterror. Scotter estudou o esboço de Massey e chamou Peter de la Billière para uma conversa. O General Bill Scotter perguntou ao comandante do SAS o que o Exército poderia fazer contra o terrorismo. Antes de responder, Peter de la Billière perguntou?

Peter de la Billière - Quanto dinheiro nós iremos dispor?

General Bill Scotter - Dinheiro não é nenhum problema. 

General Bill Scotter - Quando você pode dispor de uma força antiterror adequada?

Peter de la Billière - Bem, contanto que nós possamos adquirir o transporte adequado, nós poderemos ter uma força antiterrorista pronta em cinco semanas. 

Diante da resposta de Peter de la Billière, foi dada a autorização para que o SAS criasse a sua unidade antiterror que passou a se chamar Ala de Guerra Contra-revolucionária - Counter Revolutionary Warfare Wing ou Special Projects (SP) Team - Equipe de Projetos Especiais, ou ainda Pagoda. O SP Team era uma força antiterrorista em alerta 24 horas por dia. Cada um dos esquadrões do 22 SAS deveria realizar um rodízio de seis meses para operar como unidade antiterrorista.  

O SP Team consistia basicamente em três equipes diferentes: Vermelha, Azul e a Tropa Ustle (que operaria exclusivamente na Irlanda do Norte contra o IRA/PIRA). As equipes Vermelha e Azul são na verdade dois times idênticos que se revezavam em estado de prontidão. No caso de uma emergência eles podiam operar em dois eventos diferentes, simultaneamente.

Como um resultado direto da formação do CRW, surgiu a Casa da Morte. A principio ela consistia em um único quarto com alvos de papel. Os homens eram treinados para saber identificar os terroristas dos reféns. Eles deviam entrar na sala, identificar os terroristas, matá-los, sem ferir os reféns, em quatro segundos cravados. Para que eles tivessem sucesso era necessário um rigoroso treinamento em ações Close Quarters Batle - CQB (Batalhas em Ambientes Fechados), pratica de tiro real com pistolas, rifles e submetralhadoras, uso de equipamentos de visão noturna, manipulação com explosivos, técnicas de arrombamento e entrada em prédios e casas, levantamento de inteligência, análise de dados, além de muitos outros aspectos do trabalho de Contraterrorismo.

Em 1980, a Casa da Morte tinha crescido para seis quartos, inclusive um que simulava o interior de  um avião. Os homens do SAS também estavam recebendo treinamento para atacar todo tipo de local como edifícios, aviões, ônibus, navios, plataformas de petróleo e até centrais nucleares. É bom lembrar que o SAS não tinham nenhuma referência de como fazer esses assaltos, pois na época ninguém tinha pensado como fazê-lo. Na época eles tinham que responder sem nenhuma experiência anterior perguntas do tipo: como entrar em um edifício? O que fazemos lá dentro? Como nos posicionamos? como deve se desenvolver o combate? Como lidar com os reféns? Como priorizamos os objetivo?

Embora a Tropa Ustle foi desde o inicio usada em operações reais, o SP não tinha entrado em ação até a tomada da Embaixada Iraniana em Princess Gate, Londres em abril/maio de 1980. Em 30 de abril a Embaixada foi atacada por seis terroristas árabes que reivindicaram representar as pessoas de Khuzestan no sul do Irã. No evento eles fizeram 26 reféns. 

Os terroristas exigiram a libertação de 91 prisioneiros árabes no Irã. Em 5 de maio de 1980 os terroristas começaram a atirar nos reféns. Às 19h23 o SAS atacou, com unidades de rappell vindas do telhado e outras vindo da sacada de prédios e de um buraco feito na parede da embaixada. Essas equipes foram auxiliados por outros operadores do SAS que cercavam o prédio. Dentro de poucos minutos os times tinham matado quatro terroristas enquanto outro foi morto por um atirador de elite posicionado em um prédio vizinho  Só um terrorista sobreviveu pois de passou por refém. Foram mortos  dois reféns quando os terroristas abriram fogo neles.

 

Os principe Charles e LAdy Diana na Sala da Morte do SAS

Após os eventos de 1980 o SAS aperfeiçoou a suas técnicas de combate em ambientes fechados. Na Casa da Morte os alvos se moviam e os reféns de papel passaram ser substituídos por instrutores e membros do CRW. Infelizmente isso causou algumas fatalidades, como em 1986 quando um sargento foi morto acidentalmente. Mas a pratica continua e os índices de acerto são impressionantes. Para demonstrar a sua destreza o SAS as vezes convida VIPs para visitarem a Casa da Morte.

O SAS se tornou uma referência mundial na luta antiterror . O SAS britânico treinou o australiano e o neozelandês nesta mesma capacidade. A Força Delta, unidade antiterror do Exército  os EUA, formada na década de 1970 pelo Coronel Charlie Beckwith, que serviu um tempo nos anos 1960 no SAS, também imitou a sua estrutura e técnicas. O GSG9 alemão, desenvolveu técnicas baseadas no SAS, semelhantemente o BBE, dos fuzileiros navais holandeses. Como referência mundial, o 22 SAS tem servido de modelo, tem dado treinamento, realizado intercâmbio e assessoria (muitas vezes em situações reais) a muitas outras forças antiterror de vários países, seja da Europa, Américas e Oriente.

Hoje o Special Projects Team é normalmente composto por aproximadamente 80 operadores comandados por um major e se dividem em um QG de esquadrão e quatro tropas de dezesseis homens, que por sua vez se dividem em equipes de oito e estas em equipes de quatro operadores. O SP Team opera semelhantemente aos outros esquadrões durante períodos de treinamento, o quadro muda significativamente quando um incidente terrorista acontece. Nestes momentos, um segmento da tropa que está em alerta é dividido está quebrado em uma unidade de observadores/atiradores de elite, enquanto os demais soldados formam um grupo de agressão. Em apoio estão várias unidades de suporte (equipes de inteligência, comunicações, etc.) e até um C-130 da RAF que fica posicionado na base aérea de Lyneham a disposição do SAS para qualquer deslocamento. 

 

É bom lembrar que o a equipe de SP não é uma unidade permanente. Na verdade os esquadrões do SAS fazem um rodízio nesta função a cada seis meses. Durante o seu turno o esquadrão é designado a unidade de SP. diferente da maioria dos  grupos de operações especiais, o SAS gira todos os seus esquadrões com a missão de contra-terrorismo.Por causa disto, todas os operadores do SAS são considerados contra-terroristas qualificados e constantemente treinados. O CRW também conta com a ajuda da Ala de Pesquisas Operacionais - Operations Research Wing, para desenvolver novas técnicas e armamentos.

Esquadrão de Treinamento

A seleção para o SAS é uma das mais difíceis que existem. Normalmente de um grupo de 125 candidatos uma média de 10 é aprovado. A seleção é um duro teste de resistência mental e física.

Antes de se iniciar a seleção é dado um curso de três dias aos candidatos sobre o que se espera dele tanto no SAS como no SBS, que por uma questão de contenção de custos manda os seus candidatos participarem conjuntamente da seleção do SAS. Depois todos são submetidos a uma dura seleção. Essa seleção, que acontece duas vezes no ano, é reúne um pouco mais de cem candidatos é coordenada pelo Esquadrão de Treinamento, que tem a responsabilidade de providenciar todos os detalhes como alojamento, alimentação, comunicados, transporte, atendimento médico, coordenação de instrutores e palestrantes, segurança, material didático e etc.

ORGANOGRAMA DO 22 SAS

 


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