Perfil da Unidade

SPECIAL AIR SERVICE - SAS

CAMPANHAS

Iraque - 2003-?


Operador do SAS nas Falklands, armado com um Colt Commando.

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Em 18 de Março de 2003, os Esquadrões B e D do 22 SAS, juntamente com 1º Esquadrão do SASR, foram infiltrados por terra e ar, tendo como objetivo as base aéreas iraquianas de H-2 e H-3. Em 21 de março uma força combinada do 22 SAS britânico (150 homens de três Esquadrões Sabre) e do SASR (100 soldados) australiano a se dirigiu para os dois principais aeródromos iraquianos (H2 e H3) na região ocidental do país, perto da fronteira da Jordânia.

As patrulhas avançadas estabeleceram secretamente postos de observação em torno das bases iraquianas, acionando a partir destes, ataques aéreos precisos que minimizaram a resistência iraquiana.

 

Este Range do 1º Batalhão do 75ª Regimento Ranger do US Army em operação no Iraque, usa o novo uniforme camuflado com três cores. Seu capacete é o MICH com o Wilcox NOD montado. suas botas são Danner Acadia. Ele usa um colete CIRAS Land com a cor marron coyote. Ele tem uma escopeta Remington 870 pendurada e seu rifle é um 5.56x45mm M4A1 com lançador de granada M203 de 40mm, onde está montado um PEQ-2, com um M68 Aimpoint e uma lanterna Surefire. Esta arma foi pintada a mão em um padrão de camuflagem.

O SAS atacou a primeira base com dezenas de Land Rovers fortemente armados e seus DPV (Desert Patrol Vehicles), enquanto os australianos usaram veículos com 6 rodas.  Os operadores viajaram em alta velocidade em seus transportes.

O SAS atacou com seus Land Rovers em formação. O poder de fogo dos Land Rovers era imenso: cada um tinha um metralhadora pesada de .50 cal e cada veículo tinha pelo menos um lançador de granada de 40mm. Cada operador tinha também a sua disposição óculos e miras noturnas. Equipes a direita e a esquerda proviam fogo de cobertura para o ataque principal. Eles entraram na base velozmente, e depois se dividiram para atacar a torre de controle, escritórios, torres de guardas e hangares. Os edifícios foram tomados em uma ação muitas vezes ensaiada de lançar granadas e depois realizar buscas de sala em sala.

Dentro de algumas horas, a missão foi concluída, centenas de iraquianos tinham sido capturados e o SAS apelou ao apoio das tropas do 45 Commando, Royal Marines, e dos US Army Rangers, para garantir o aeródromo. Eles estabeleceram um perímetro de segurança em torno dos aeródromos, onde foram estabelecidas Bases Operacionais Avançadas - forward operating bases (FOBs) para o SAS. A segunda base aérea caiu sem a necessidade de a mesma escala de assalto.

Com essas duas FOBs, o SAS foi operar no oeste, para fora do deserto iraquiano. E uma reprise da Operação Desert Storm, o SAS se viu mais uma vez caçando SCUDs, que Saddam poderia usar mais uma vez para atacar Israel. As colunas de Land Rover do SAS foram apoiadas pelos Harriers GR7 da RAF, que operavam a partir de bases na Jordânia. Aviões espiões não tripulados Predator voavam a frente do SAS, a fim de realizar reconhecimento de alvos.

Algumas noites depois da operação do 22 SAS Rangers do 75ª Regimento Ranger do US Army saltaram de pára-quedas e tomaram de assalto a base aérea de H1, que foi então utilizada como plataforma de lançamento de operações especiais. Segundo algumas fontes militares o deserto ocidental do Iraque se transformou no "playground das forças especiais".

Na primeira semana da guerra, houve relatos de pesados combates envolvendo o SAS e Forças Especiais americanas (Boinas Verdes) contra as forças especiais da Guarda Republicana e os Serviços de Segurança Especial em torno de um local Qaim quase na fronteira síria. Havia suspeitas de que o local guardasse armas de destruição em massa -  Weapons Of Mass Destruction (WMD). O SAS realizou várias outras missões em busca de locais suspeitos de armazenarem WMD.

Em operações de longo alcance, as unidades do SAS eram transportadas com os seus Land Rovers por helicópteros Chinook. Esses veículos têm alta tecnologia e sistemas de comunicação e plena proteção contra armas bioquímicas. Nessas incursões geralmente os homens escondiam os Land Rovers e caminhavam, as vezes durante horas, tendo por objetivo a criação de postos de observação junto aos seus alvos. As equipes de observação são totalmente autônomas. Elas transportam alimentos, água e gasolina, que os homens podem consertar a maioria dos problemas em seus veículos.

A capacidade de operar plenamente em regiões desérticas foi aperfeiçoada em duros treinamentos em Omã e no outback australiano. Alguns homens do SAS falavam árabe e podiam interagir com os civis iraquianos.

O Esquadrão foi movido a partir do deserto ocidental, para realizar uma importante missão de "reconhecimento e inteligência" na região Bagdá, onde mais de 50 homens do SAS se viram envolvidos em ações de coleta de inteligência para orientar ataques aéreos contra as posições da Guarda Republicana localizadas a 50 milhas a sul e oeste de Bagdá.

Algumas unidades também foram destacadas para monitorarem as rodovias que saiam de Bagdá em direção a Síria e a jordânia, para impedir que altas patentes militares e funcionários influentes do governo iraquiano tentassem fugir do país. Ao mesmo tempo o Esquadrão C dos SBS estava operando mais ao norte perto de Mosul.

Um terceiro esquadrão, o Esquadrão G do 22 SAS saiu de sua base na Jordânia para auxiliar o SBS na captura de Basra no sul do Iraque. Esse esquadrão foi deslocado para essa região em apoio ao British Battle Group, substituindo o ODA 554, das US Special Forces, que teve um relacionamento tenso com as forças britânicas.

Uma equipe das forças especiais britânicas localizou um edifício do partido Ba'ath, onde estavam cerca de 200 combatentes paramilitares. O prédio foi destruído por ataques aéreos realizados por dois caças-bombardeiros F-15.

TASK FORCE BLACK

Força Tarefa 145

A TF 145 foi formada em 2003 e tinha a tarefa de capturar ou matar Saddam Hussein e seus 55 auxiliares diretos, estampadas em cartas de baralho. O Esquadrão C da Força Delta capturou Saddam Hussein em dezembro de 2003. Após essa captura, os principais esforços da TF 145 foi o de capturar ou matar Zarqawi, que representava a principal ameaça à estabilidade no Iraque. Enquanto o combate aos insurretos e a reconstrução do Iraque continuava, a TF 145 cresceu e passou por diversas mudanças. As TF 121 e a TF 626 foram suas precedentes.

No Iraque a TF 145 foi dividida em quatro grupos:

Task Force West: Organizada em torno do SEAL Team 6 (DEVGRU) com suporte dos US Rangers. Está estruturada de forma similar a TF Center, na medida em que tem uma Companhia dos Us Army Rangers e baseia-se em torno de uma unidade do tamanho de batalhão de ação direta que pode, em qualquer momento ser um esquadrão Delta Force ou do Naval Warfare Development Group (conhecido também como SEAL Team 6). Parece que essas unidades rodar a cada três a quatro meses. TF West é responsável pelas operações em Anbar, onde é conhecida por ter sido ativa em vários momentos em Fallujah, Qaim, Husayba, e Ramadi. É provável que TF West basei-se, em Camp Asad ou Taqaddum Camp.

Task Force Center: Organizada em torno da Força Delta com suporte dos US Rangers. Localizada na sede da TF 145 em Balad, mas também poderia ser baseada em Camp Liberty, uma vez que é responsável pela região Bagdá. TF Center baseia-se em torno de uma força ação direta: os três esquadrões da Força Delta e o SEAL Team 6 participam de um rodízio para esta posição. Também é apoiada por uma Companhia do 75º Regimento Range e elementos do 160 SOAR.

Task Force North: Organizada em torno do Batalhão dos US Rangers, combinada com um pequeno elemento da Força Delta. Está organizada de maneira diferente: é baseada em torno de um batalhão completo dos Rangers (a posição gira entre os três batalhões), com uma Companhia da Delta Force agindo em seu apoio. É possível que a TF North esteja baseada em qualquer lugar entre Marez FOB em Mosul e COB Speicher perto de Tikrit.

Task Force Black: Organizada em torno do 22 SAS (Esquadrão Sabre), suportado por tropas pára-quedistas do SFSG. Baseada na área Basra, TF Black (que é apoiada pelo Regimento de Pára-quedistas britânicos da Task Force Red, uma organização separada) é baseado em torno de um esquadrão do 22 SAS, com unidades integradas dos Royal Marines e do Special Boat Service. ainda existem elementos de apoio na área de inteligência e transporte aéreo. A TF Black é responsável pela região sul do país, mas tem participado em operações na área Bagdá no combate a homens-bomba e seqüestradores. A Operação Marlborough, em Julho de 2005, quando o SAS matou três insurgentes suicidas, também foi realizado por esta unidade na capital iraquiana.

Operadores do SAS da Task Force Black. Os helicópteros, logo atrás deles, dão uma grande mobilidade em suas operações dentro do Iraque. Note o uso extensivo de uniforme americanos.

O refúgio de Zarqawi foi descoberto 15 dias antes do ataque mortal do dia 8 de junho de 2006. Foram várias as fontes utilizadas pela Força-Tarefa (Task Force) 145, nesta operação formada por americanos, ingleses e membros do serviço secreto jordaniano.

Por exemplo, no mês de maio, os agentes da Jordânia (um dos melhores serviços secretos do mundo) capturaram, no seu país, Khalaf al Karbuli. Karbuli era um dos encarregados, à distância, da análise do quadro voltado à proteção de Zarqawi. Por outro lado, a Task Force 145 se aproveitou da chamada Lei da Vendetta (Vingança). Pela tradição tribal, a morte de um xeque de clã implica em represália de sangue. No particular, Zarqawi liquidou mais de dez xeques de clãs regionais.

No campo da contra-informação, os serviços secretos norte-americanos, de maneira eficientíssima, trabalharam para difundir a imagem de Zarqawi como o protagonista da luta de resistência e da jihad (guerra santa). O vídeo exibido, encontrado em abril, mostrou o protagonismo de Zarqawi, e o mito do chefe único levou à reprovação por parte de lideranças sunitas, que estão em desvantagem em face dos xiitas. Fora tudo isso, o líder espiritual de Zarqawi -- o emir Kudeis al Juburi --, estava sendo seguido havia 6 semanas. Ele acabou morto na habitação que servia de refúgio a Zarqawi. Também pesou o prêmio de US$ 25 milhões: na terça e quarta-feira (dias 6 e 7 de junho) surgiu a delação de que Zarqawi participaria, no seu local de refúgio, de uma reunião.

 

Operadores do 22 SAS (em pé) e da Força Delta em operação no Iraque. O britânico está armado com uma carabina Diemaco C8 SFW e uma pistola Sig Sauer P226. Já o americano está armado com uma sub-metralhadora HK416 e um rifle Accuracy AWSM.

Depois do êxito do ataque aéreo com caças F-16 usando bombas de 250 kg, verificou-se que Zarqawi estava em companhia de uma mulher, uma criança, do líder espiritual Juburi e dois seguranças. Apenas parte do corpo de Zarqawi foi mostrada, depois de recolhidos os pedaços. Ele foi reconhecido prontamente devido a uma particular tatuagem e velhas cicatrizes de ferimentos experimentados no Afeganistão. No lugar do "príncipe da Al Qaeda no Iraque" assumiu o egípcio Abul Masri, que era seu lugar-tenente.

A divulgação da foto de Zarqawi morto foi uma maneira pensada (pelos serviços de inteligência dos EUA, Jordânia e Inglaterra) de mostrar aos terroristas fundamentalistas (incluído a Al Qaeda) que o 'ocidente' também sabe impactar (os terroristas exibiram filmes de decapitações e atentados espetaculares). Em síntese, é o impacto da chamada guerra psicológica, usada para abater o moral do adversário.

A Task Force 145 foi renomeada para Task Force 88 e é chefiada pelo comandante da Força Delta. Quando operam no solo, as tropas das forças especiais dos EUA e da Grã-Bretanha utilizam cores para identificar uns aos outros. A Força Delta é Task Force Green - porque é principal unidade de operações especiais dos EUA; Seal Team Six é conhecida como Task Force Blue - da Marinha - e o 22 SAS como Task Force Black, que decorre de sua famosa perícia contraterroristas. Uma unidade secreta dos EUA especialista em inteligência é conhecida como Task Force Orange.

As unidades das Forças Especiais britânicas realizaram uma grande variedade de operações desde a invasão do Iraque, tanto em ações conjuntas com as forças especiais da Coalizão como em apoio direto as tropas britânicas, em particular no sul do Iraque onde o Grupo de Batalha britânico foi engajado. Desde de 2003 em Basra as UKSF tinham meio esquadrão formado pelo 22 SAS e o SBS, um grupo de esquadrão, a Task Force Black, engajado em Bagdá em um local conhecido como o Station House.

O número habitual de forças especiais britânicas em Bagdá está perto de 400 homens. A Task Force Black é formada por um Esquadrão Sabre do SAS com 60 homens; uma Companhia de Pára-quedistas, Royal Marine commandos e pessoal do RAF Regiment, oriundos do Special Forces Support Group; um esquadrão do Special Reconnaissance Regiment; e um esquadrão de peritos em comunicação e SIGINT do 18º (UKSF) Signal Regiment. Eles também têm a sua disposição especialistas em sinais do 264 (SAS) Signal Squadron, e aeronaves da RAF do 7º Esquadrão (helicópteros Chinook) e do 47º Esquadrão (aviões de transporte C-130). Trabalhando em conjunto com eles está o Joint Support Group, que dirige uma rede de agentes locais. Elementos do SBS também estam trabalhando com a Task Force Black; A rotação dos esquadrões das UKSF era de seis meses. Grande parte do Esquadrão Sabre do SAS está baseada em Bagdá, mas existe um destacamento em Basra, porém nos últimos tempos os britânicos tem enviado um segundo esquadrão para ajudar evitar a interferência iraniana no sul do Iraque.

As forças especiais britânicas estiveram envolvidas em vários resgates de reféns. Em março de 2006 uma equipe do 22 SAS resgatou o ativista pela paz Norman Kember e dois canadenses, que haviam sido seqüestrado em Bagdá, os seus seqüestradores fugiram no primeiro sinal da chegada do SAS. As UKSF também foram envolvidas na curiosa situação de ter que resgatar dois de seus próprios operadores, oriundos do Esquadrão A, raptados em Basra pelo Exército Mehdi, enquanto conduzindo disfarçados uma missão de reconhecimento.

Mais de 3.500 insurgentes foram "tirados das ruas de Bagdá" pela elite britânica em uma série de audaciosas "Black Ops" no período de 18 meses entre 2006-2008. Entende-se que, embora a maioria dos terroristas foram capturados, várias centenas, principalmente os membros da Al-Qaeda no Iraque foram mortos pelo 22 SAS pelos americanos da Força Delta e SEAL Team Six.

Os primeiros alvos estavam envolvidos com a onda de atentados que ceifavam mais de 3.000 vidas por mês em Bagdá no auge da campanha terrorista em 2006. Utilizando informações recolhidas a partir de espiões e informantes, a Task Force Black quase quebrou o esquema logístico da retaguarda da rede terrorista e reduziu os ataques suicidas em Bagdá de 150 por mês para apenas dois por mês. Mas o sucesso da missão teve um alto preço - seis membros da SAS foram mortos e mais de 30 ficaram feridos. A força Delta sofreu na região cerca de 20% de baixas. Segundo autoridades britânicas o SAS sofreu um percentual de baixas equivalente ao período da Emergência Malaia da década de 1950. As baixas entre o SAS e a Força Delta são bem equivalentes em 2006 o SAS doou as viúvas e órfãos de operadores da Força Delta cerca de 10.000 libras.

O mundialmente famoso rifle Accuracy International Arctic Warfare Magnum - AWSM ( Arctic Warfare Super Magnum) .338 Lapua Magnum. Esta arma é a preferida das equipes de snipers do SAS e dos SBS. Sua designação nas forças armadas britânicas é L115A3 LRR.

Fontes militares britânicas negaram que o SAS esteja realizando execuções extrajudiciais. Um advogado britânico está presente durante as fases de planejamento de cada operação e as tropas britânicas operam sob as regras britânicas, e não as regras americanas, afirmou este fonte.  

Em novembro de 2005 um grupo terrorista iraquiano conhecido por Brigada das Espadas de Justiça seqüestraram o britânico Norman Kember, os canadenses James Loney e Harmeet Sooden e o norte-americano Tom Fox. em 8 de março de 2006 os terroristas mostraram um vídeo com a execução de Fox.

Segundo informações, após o rapto e assassinato dos trabalhadores britânicos Ken Bigley e Margaret Hassan, em 2005, as forças tarefas das operações especiais da Coalizão, que caçavam líderes do antigo governo, foram encarregadas de também darem combate a esses seqüestradores. Assim uma grande rede de inteligência foi montada para construir uma imagem dessas atividades terroristas.

Quando foi recebida inteligência específica sobre o paradeiro dos três pacifistas, um plano foi colocado em movimento. As 08:00h de 23 de março de 2006, 3 horas após a primeira entrada de dados na rede de inteligência, uma missão de resgate estava em execução. Seu alvo era uma casa em um subúrbio de Bagdá. As forças de resgate se aproximaram da área usando taxis e pick-ups e caminhões civis. Dentro dos veículos estavam a elite das operações especiais de vários países: 22 SAS e SFSG (britânicos), JTF2 (canadenses) e Força Delta e SEAL Team Six (americanos)

Com o helicóptero armados circulando acima das suas cabeças, as tropas do SFSG tropas se posicionaram e criaram um perímetro de segurança. ao passo que os elementos de resgate, chefiados pelo SAS, invadiram o
edifício alvo. No interior, eles descobriram os 3 ocidentais. Não havia nenhum sinal de seus raptores. Não tinha sido disparado nenhum tiro durante a operação.

Operação Marlborough

 

Soldado do SFSG em operação no Iraque. Está unidade das forças especiais britânicas opera em apoio ao 22 SAS. Ele está armado com uma carabina C8 SFW  de 5,56mm e uma pistola SIG Sauer P266.

Três atentados suicidas, três cafés - muitos mortos. Esse foi o alerta dado por um informante para o MI6 em Bagdá, no Verão de 2005, sobre um grupo de insurgentes que planejavam ataques devastadores contra civis. Os homens bombas usariam suas cargas por baixo de camisas folgadas e estavam se preparando para atacar os cafés com explosões simultâneas para causar pânico máximo. O informante e suas informações foram analisados exaustivamente, pois no traiçoeiro cenário iraquiano, cair em armadilhas mortais era um realidade constante. Mas o informante identificou os alvos, a data e a casa segura a partir do qual os homens bombas sairiam para realizar seus ataques. Rapidamente, após confirmado a informações, o SAS, agentes do MI6 e do SRR, reunidos reunidos em um armazém na inconspícua zona verde, a base fortemente fortificada coalizão em Bagdá, foram acionados. A Station House  como é conhecido, é o centro nevrálgico das forças especiais da Grã-Bretanha e do MI6 em operação no Iraque. Nesta localização três grandes telas de computador estão na parede. O centro está conectado aos militares americanos por um linha segura. Uma tela mostra, numa visão ampla, o que está acontecendo no Iraque com as tropas da Coalizão; outra fornece detalhes de todas as atuais operações especiais, e a terceira mostra textos de tudo que é dito sobre as missões especiais na impressa.

Um plano para neutralizar os terroristas suicidas foi rapidamente formulado. Em primeiro lugar, uma equipe de observação equipada com equipamento de vigilância foi enviada para monitorar a casa segura dos terroristas.O SAS queria estar certo de que a informação era correta. Logo ficou claro que os homens-bombas e seus planos eram demasiado reais.

Os britânicos haviam sidos informados que a casa era usada como base para insurgentes - e que vários homens-bomba deveriam sair cedo para cumprir suas missões. Vestidos em trajes recheados de explosivos, estavam bem equipados para atingir um bom numero de locais pela cidade. Seus alvos preferenciais eram cafés e restaurantes freqüentados por membros das forças de segurança iraquianas.

foi acionada uma equipe de assalto com 16 homens incluindo quatro snipers do SAS, armados com seus rifles AWS e suas miras telescópicas. Cada grupo foi dividido em quatro equipes de quatro homens e estavam equipados com rifles sniper L 115A, calibre.338, capazes de matar a 800 metros com eficiência. Três atiradores teriam como alvo um homem-bomba,e o quarto abateria qualquer suicida que não tivesse sido abatido imediatamente.

Em apoio aos snipers havia uma Força de Reação Rápida (QRF), a Task Force Red, do Special Forces Support Group, formada por pára-quedistas, que deveria prover uma dúzia extra de soldados em caso de emergência. Estava posicionada próximo ao local, junto com uma equipe de especialistas em neutralizar explosivos. Um grupo da policia Iraquiana também havia se juntado à operação - embora não tivessem sido informados dos detalhes. Também havia, a 2.000 pés, acima da cidade de cinco milhões de habitantes, uma aeronave sem piloto Predator, controlada pela CIA, que monitorava toda a operação, e transmitia em tempo real imagens de vídeo para o QG da TFB, na segura área verde de Bagdá.

O plano da Operação Marlborough, como foi chamada a ação, era simples: permitir que os três suspeitos saíssem da casa, para abatê-los simultaneamente com certeiros disparos na cabeça. Foi enfatizado aos soldados que os três deveriam ser abatidos simultaneamente, pois se qualquer deles conseguisse detonar os explosivos que trazia, dezenas de pessoas inocentes seriam mortas. Os soldados, durante o briefing anterior, haviam discutido a alternativa de entrarem na casa e abaterem os terroristas lá dentro, porém o plano foi descartado por ser muito perigoso. As paredes da casa iriam intensificar qualquer explosão e os resultados poderiam ser terríveis.

Pela manhã, pouco antes que o tráfego começasse a encher as ruas de Bagdá, o grupo do SAS ocupou posições de emboscada, pré-determinadas em torno de certa casa nos subúrbios da cidade. Pouco após as 08:00hs, um oficial da inteligência que falava árabe, e que monitorava as comunicações, a partir de escutas plantadas dentro da casa, informou que os terroristas preparavam-se para sair. O QG da Task Force Black-TFB foi notificado e a ordem dada: "Preparem-se, preparem-se"...

Assim que os três terroristas estavam na rua, foram abatidos, e os três tombaram na calçada. Cada terrorista havia sido certeiramente abatido por um único disparo na testa. O aviso de que os três estavam mortos foi passado rapidamente, enquanto os soldados iraquianos avançavam para proteger a área. Ao aproximarem-se, os homens do SAS comprovaram que realmente os projéteis de .338 eram mais do que suficientes para a missão. A Operação Marlborough foi um sucesso total. Usando vestes repletas de explosivos, os terroristas eram uma ameaça a todos a sua volta, o que dava aos snipers do SAS autoridade legal para abrir fogo. Eles dispararam para matar com justificativa.

Armas das Forças Especiais britânicas (SAS/SBS/SFSG)

Entre as armas mais usadas pelas forças especiais britânicas estão a carabina Diemaco C8 e a pistola SIG Sauer P226. A versão canadense (sob licença) do Colt M4 americano é o Diemaco C8 SFW (Special Forces Weapon), que tem sido utilizado pelo SAS desde os fins dos anos 1990, assumindo o papel de principal fuzil de assalto que antes era do venerável M16. Essencialmente, um corte para baixo e melhorou M16, o C8 alguns sacrifícios intervalo para compacidade. O C8 SFW, designado L119A1 pelos militares no Reino Unido, oferece diversas melhorias baseadas no M4.

O C8 dispara munição 5.56x45mm e utiliza carregadores de 30 cartuchos, padrão OTAN. O C8 é uma arma versátil que pode ser equipado com uma variedade de dispositivos e acessórios através do "rail system". Entre os acessórios estão um lançador de granadas 40 milímetros. Uma versão com cano curto, conhecida como C8 CQB também é utilizada pelo SAS. O C8 CQB é ideal para proteção VIP e ações em ambientes fechados.O SAS e SBS utilizaram C8 no resgate de reféns em Serra Leoa em 2000, na chamada Operação Barras e tem usado essa arma em suas mais variada versões tanto no Iraque quanto no Afeganistão.

As tropas do sas/sbs/SFSG usam normalmente o fuzil automático C8 SFW (Special Forces Weapon) de 5,56mm em suas operações no Iraque. O C8, fabricado no Canadá sob licença da empresa norte-americana Colt pela empresa DIEMACO (agora Colt Canada). No Exército britânico o C8 foi renomado para L119A1. 

 

Diemaco C7

Diemaco C8

Calibre

5.56 x 45 NATO

Comprimento

1020 mm

840 / 760 mm

Comprimento cano

510 mm

370 mm

Peso

3.3 kg com o caregador vazio
3.9 kg carregador com 30 cartuchos

2.7 kg empty w/o magazine
3.2 kg
carregador com 30 cartuchos

Carregador cap.

30 cartuchos

Taxa de tiros

800 por minuto

900 por minuto

As forças especiais britânicas adotam principalmente três pistolas: Sig Sauer P226, P230 e Browning High Power.

A pistola SIG SAUER P226 é uma pistola de alta capacidade de munição (15 tiros + 1 na câmara), em calibre 9 mm parabellum. Em missões CT o SAS usa carregadores com 20 tiros.

Suas dimensões são as mesmas encontradas na P-220 em calibre 45, mas com o redimensionamento da empunhadura para comportar um carregador bifilar em calibre 9 mm. Uma coisa interessante de se notar é o cano flutuante que é um sistema usado em outras armas de renome, onde a câmara se move para baixo, durante o movimento do ferrolho, se aproximando do carregador, e assim, facilitando a entrada de um novo cartucho na câmara. Posteriormente, esta arma foi produzida em calibre 40 S&W e 357 Sig.

A  SIG-Sauer P226 de 9x19mm

Uma variante da P226 é a Sig Sauer P228, só disponível em 9mm. O desenho é ligeiramente mais compacto do que a P228, o que a torna ideal para missões de proteção VIP e de unidades unidades em missões encobertas. Esta arma é usada também pelo SBS, SRR, SFSG e pelo pelotão Pathfinder da 16ª Air Assault.

Ficha técnica da P226

Calibre: 9 mm, 357 SIG e 40 S&W
Capacidade: 15 tiros em 9 mm, ou 12 tiros em 40S&W e 357 SIG.
Comprimento do cano: 4,4 pol
Comprimento total: 196 mm
Sistema de operação: Ação dupla ou “somente ação dupla”


SIG SAUER P230

Às vezes uma pistola de tamanho padrão é indesejável. Em tais circunstâncias, a Sig Sauer P230 compacta é ideal. A P230 é pequena o bastante para ser escondida embaixo de uma veste civil sem deixar sinal da arma, porém por ser compacta sua capacidade é de apenas 7 tiros de .380 de ACP.

A compacta P230/232 tem apenas 7 tiros de .380 de ACP

Browning High Power

Em serviço no Regimento durante mais de 40 anos, a Browning High Power é uma arma de 9mm segura e precisa. No Reino Unido tem a designação militar de L9A1. A Browning tem uma capacidade de 13 círculos tiros. Foi a pistola padrão do SAS da Segunda Guerra Mundial até anos recentes. Foi substituída pela Sig Sauer P226, mas Browning ainda é usada em termos limitados. A pistola também está em largo uso dentro do exército britânico. O SBS também trocou a Browning pela P226. A Browning também era a arma padrão da 14ª Companhia de Inteligência, a unidade de vigilância de elite do Exército britânico que operou na Irlanda do Norte.

A famosa Browning High Power de 9mm

Uniformes do SAS

Qual o uniforme que o SAS usa em combate? O SAS não tem um uniforme padrão. Seus operadores podem usar uniformes britânicos, de países estrangeiros ou uma mistura de peças de uniformes militares britânicos e estrangeiros, inclusive lançando mão de peças civis (compradas em mercados locais), sempre de acordo com a necessidade. No Iraque por exemplo os operadores do SAS que estão em Bagdá, área predominantemente americana, usam uma mescla de uniformes camuflados americanos. O que os difere é que os americanos usam versões do fuzil M4 e os britânicos versões do Diemaco C8.

Abaixo, operadores do SAS e do SFSG em Bagdá:

Tropas do SFSG no Iraque. Note a diversidade de seus uniformes camuflados. Muitos dos homens doSAS e do SFSG usam uniformes americanos.

Os soldados dos lados são do SAS, o do centro é americano.

Fontes:

http://www.eliteukforces.info

http://www.americanspecialops.com/delta-force/



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